Continuando...
Ele foi até a cabeceira da cama de Dyllon e pegou um pequeno aparelho, um minúsculo microfone.
- Eles já sabiam que Dyllon estava acordado e saia do quarto. Sabiam também do nosso plano de fuga.
- Meu Deus! E a gente pensando que éramos donos da situação! E agora? – falou Natasha num misto de surpresa e medo.
- Agora não sei. Se Dyllon acordasse, talvez conseguíssemos sair daqui. Temos uma coisa a nosso favor...
- O que é? O que é? Diga logo! – falou Natasha nervosa.
- Calma, Natasha. Precisamos tomar conta da situação. Vamos aproveitar que o meu amigo vai desligar todas as câmeras da base. Parece que se arrependeu do que fez. Mas vamos sair daqui com Dyllon acordado ou dormindo mesmo.
- Mas como? Nem sabemos por onde seguir! E como vamos carregar o meu amigo?
José Antônio ficou pensativo, enquanto Natasha sacudia Dyllon, tentando acordá-lo. Os médicos assistiam a tudo, sem sequer se mexer e nem falar. Pareciam que tinham virado duas estátuas. Isso foi notado por Natasha, que sem perceber deixou escapar um leve sorriso.
- Dyllon, acorda! Você está acordado, não é? Foi você que fez isso nos médicos, não foi, mesmo estando dopado? Vamos, abre esse olho! Vamos sair daqui, seu... seu maluco! Não está na hora de brincadeira, não! Vai se levantando dai!
O rapaz vendo que parecia em vão acordar o misterioso Dyllon, se dirigiu até Natasha e disse:
- Minha querida. Acho que não vai conseguir acordá-lo. Temos que sair daqui.
- Mas como, Zé Antonio? Ele está preso nessa cama. – falou Natasha com a voz amargurada.
- Temos que manter a cabeça fria. Os dois médicos estão aqui. Eles vão ter que abrir as presilhas. E depois, eu trouxe alguma coisa para prendê-los, nós saímos daqui com ele. Vamos fazer o caminho que eu faço quando fico de folga. Depois veremos o que fazer longe daqui. O caminho vai estar livre, sem câmeras.
- E o seu amigo?
- Eu o deixei amarrado, para não compromete-lo. Ele já tinha desligado todas as câmeras.
- Tenho que saber o que tem nessa seringa.
- Natasha, agora não tem importância. Esvazia a seringa e acaba com toda a preocupação. Joga fora, Natasha.
- Mas eu só quero saber o que é isso, Zé Antônio! Só isso! – disse com renitência Natasha.
- Então pergunta a eles. Só sei que estamos perdendo um tempo precioso. Não sabemos se alguém vai vir atrás desses médicos. Cada minuto perdido, diminui as nossas chances de fuga.
Natasha não contestou os argumentos do namorado, mas ficou em silêncio pensativa. Alguma coisa estava causando aquele retardamento. O que ou quem. De repente lembrou-se do Dr. Frank, o chefe dos médicos, que vira poucas vezes. Mas toda vez que esteve na sua presença, se sentiu desconfortável.
- É ele!
- É ele, quem? – perguntou ansioso Zé Antônio.
- O Dr. Frank! Ele tem algum poder... Acho que é quem está causando o nosso atraso. Vou pegar às chaves com o Dr. Walter.
Natasha pediu-as, mas o médico nem respondeu. Ela então meteu a mão nos bolsos, mas nada encontrou. Depois procurou nos bolsos do Dr. Ferguson e foi o mesmo fracasso.
- E agora, Zé Antônio? O que vamos fazer? – fez um curto silêncio, enquanto procurava alguma saída. Depois sacudiu o Dr. Walter – Onde está a chave, seu desgraçado!
....Continua Semana que vem!
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