quarta-feira, 30 de maio de 2012

Pensamento de Poeta IX

LIBERTAS TAMEM

Abriram os olhos do mundo.
Mas pintaram tersóis nas pálpebras do dia.
Abriram a boca do mundo.
Mas cravaram cáries nos dentes da vida.
Abriram os ouvidos do mundo.
Mas plantaram surdez nos destinos dos homens.
- José Timotheo -

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Pensamento de Poeta VIII

EU VI

De repente eu vi que os pássaros cantavam.
Eu vi que toda minha gente, também, cantava.
A alegria era tanta,
Que as pessoas enfeitavam as flores.
As pessoas estavam tão humanas,
Que aqueciam o sol.
Estavam todas tão claras,
Que iluminavam as estrelas.
Estava tudo tão alegre,
Que a minha tristeza sorria.
Era impossível traduzir tanta realidade.
Não precisavam mais de esperanças...
Nem sonhos...
Não havia mais nuvens negras,
Muito menos temporais.
Não precisavam mais cultivar a saudade.
A felicidade não estava dividida em momentos;
Era tatuada no coração da eternidade.
Então...levantei.
Abri a janela
E vi que a cidade, ainda, estava sob lágrimas.
-José Timotheo-

terça-feira, 15 de maio de 2012

Dedilhado, no myspace

Já está liberada a música para ouvir no myspace do compositor. Essa é uma música da safra nova, em parceria com Martha Taruma, que também canta. Nos arranjos e direção musical, Rodrigo Garcia. Gravado nos estúdios Luperan - São Pedro da Serra - em Maio de 2012.
Acesse o link abaixo para ouvir:
http://www.myspace.com/josetimotheo/music/songs/dedilhado-mp3-87658883

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Dedilhado, letra da música

Dedilhado
José Timotheo e Martha Taruma

Com o violão
Fiz um dedilhado
Peguei meu coração
Pus ele de lado
A esperança no congelador
Pra esperar, meu grande amor

Criei no meu caminho
Um bordado em mel
Colori de sonhos
Pedaços do céu

Gritei aos quatro ventos
Meu amor, meu bem querer
E só plantei com as certezas
Do que eu podia colher

Criei em versos
Uma grande e louca paixão
Tatuando uma saudade
Um nome na imaginação

Com o violão
Fiz um dedilhado...

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Dedilhado, a estória

Dedilhado
José Timotheo
O mar quase tocava os meus pés. O meu sono era pesado. O sol já lambia a minha cara, mas eu teimava em não acordar. Do jeito que deitei de barriga para as estrelas, assim foi até abrir os olhos para o dia. Abri os olhos, mas não quis despertar. Tinha medo de perder o sonho que me acompanhou a noite toda. Parecia que eu já esperava por esse sonho. Como se eu já tivesse sonhado acordado, bem antes.
A barraca balançava com o vento, que trazia no seu bojo um gosto de maresia. Eu e o violão, recebíamos uma chuva de areia. Ele continuava dormindo e não se incomodou com a areia na cara. Não sei se ele sonhou também. Se não sonhou, pelo menos me deu chance de viajar com o meu sonho. Logo nos primeiros acordes, a inspiração foi se chegando. Como quem não quer nada, foi levando os meus dedos pelo braço e fazendo brotar acordes macios. De repente as notas silenciaram e deram lugar para a poesia. Era o meu sonho que vinha brotando rápido. O violão ficou de lado apreciando quem chegava. Quem chegava, chegava sem nome. Veio nos braços da saudade. Uma saudade que eu não sabia de quem. Devia ser fruto de alguma esperança. E o sonho, eu também não sabia se estava acordado ou dormindo. Eu só sei que ele veio e grudou, e não deixou espaço para a realidade. Pegou a mão da saudade e se apossou do meu sono.