terça-feira, 27 de setembro de 2011

Te Encher de OIhos - letra da música

Te Encher de Olhos
Autor: José Timotheo

Olho para o céu
E o seu olhar
Brilha mais que estrelas e luar
Vou me transportando sem pensar
Viajante sou...eu vou voar
Vou roubar o céu
Vou te dar
Um cantinho azul
Vou te amar

Vou mergulhar bem fundo
Na sua paixão
Fecundar de amor
O seu coração
Vou penetrar sua alma
E meus sonhos te dar
Mas primeiro vou te encher de olhos
Pra você me enxergar
Vou roubar o céu
Vou te dar
Um cantinho azul
Pra te amar
Fim
Em breve estará disponível a música no myspace do compositor!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Te Encher de OIhos - a estória


TE ENCHER DE OLHOS             
                                (A estória)                          José Timotheo
                                                                        
          Cidade litorânea. Mar aberto. Um sol que salpicava de ouro até onde os olhos podiam alcançar. Estava ali só. Me embriagava de natureza. Mas o coração não saciava a sua sede de amor. E o mar insistia em sacudir a minha esperança. De vez em quando jogava com força as suas águas sobre os meus pés. Às vezes até tentava lavar o meu corpo, mas não conseguia afogar a minha saudade. E ficava ali, olhar e pensamento, perdido naquele mundo de água. Todas as manhãs lá estava eu à beira mar. Parecia que um imã gigante me arrastava até ali. Me sentava na areia até me debruçar no sonho. Essa necessidade de viajar na esperança se tornou uma constante. Era só fechar os olhos e lá vinha ela caminhando em minha direção. Devagar. Olhar escondido do sol. Pelo jeito era para mostrar que os seus olhos também brilhavam intensamente. Eram duas estrelas a iluminar o meu sonho.
           Quando à tardinha chegava, lá vinha ela de novo. Passava por mim sem me ver. O seu olhar parecia que atravessava o meu corpo sem pedir licença. Vazava até a minha alma. Mas não tinha importância. Eu era o único que vislumbrava todo aquele monumento. Nesse instante a emoção encharcava os meus olhos de lágrimas. Só bastava eu enxugar os olhos, para ela desaparecer. Como surgia, sumia num flash. Numa noite eu a tive mais perto. Vinha na minha direção. Os seus olhos luziam como de uma gata na escuridão. Eu sabia que era ela que vinha. O seu perfume era inconfundível. E ele chegou primeiro e me avisou da sua presença. Dessa vez ela chegou tão perto que quase nos esbarramos. Eu percebi que só eu a via. Chegou até a olhar na minha direção, mas o seu olhar tomou outro rumo. E a minha alma sangrou. Sem perceber a minha presença, continuou a sua caminhada. Foi em frente até sumir completamente do alcance da minha vista. Em compensação deixou um pedaço do seu perfume que ficou, durante algum tempo, circulando ao meu redor. Bebi aquele instante de prazer. Olhei para o céu e achei que os seus olhos brilhavam nas estrelas e nos raios do luar. Pensei em roubar um pedaço do céu para tê-la comigo. Amar! Amar! Fazer amor nesse pedacinho de azul. Sonhei! Como sonhei! Viajei! Como viajei! Depois dessa noite, ela não voltou mais. Caí na real. Mas chorei a perda de uma coisa que nunca tive. Assim mesmo chorei muito. E o mar, amigo inseparável, não desistiu de botar a esperança no meu colo e lavar a minha dor. Depois ainda banhou-me de sonhos e me colocou abraçado à saudade.
       
                                           fim 
Em breve, a letra da música, assim como sua liberação no myspace do compositor!         
          

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Pensamento de Poeta II

Aprender a Sonhar
José Timotheo
O que o colégio me ensinou?
Até agora, nessa distante caminhada
Da minha existência, não sei
Com certeza pouco aprendi da minha lingua
E eu já sentia que ela tinha magia! Mas me ocultaram
Me ocultaram também que a gente pode sonhar
E dos números, quase nada sei deles
A poesia dos numerais, não me foi mostrada
Me apontaram uma matemática apenas calculista
A minha geografia era muito diferente
Meus continentes não eram os mesmos
Até o meu País que me fora apresentado
Não era igual. O meu já cabia dentro de toda Terra
Naqueles distantes dias, era uma questão
De ordem política e social
As histórias contadas não batiam
Com as que eu já havia ouvido entre dentes
Ou de algum bêbado desatento
Escrevi um pedaço de sonho, sem saber que estava sonhando
Entretanto alguém me disse que aquele caminho não me pertencia
Vaguei algum tempo sem direção
Na realidade parado em cima dos meus calcanhares
Mas um dia encontrei alguns amigos
(E eles já haviam encontrado o caminho do sonho)
Foi ao subir alguns degraus
Que eu nunca havia observado antes
Escalei lentamente degrau por degrau
(E não sabia que quem me dava à mão era a esperança)
Carregando o peso da insatisfação e da ignorância
Mas valeu a pena: lá encontrei os amigos
Que me tiraram a venda dos olhos
Que me apresentaram o mundo real e da fantasia
Lá estava Machado de Assis, Jose de Alencar e outros
As prateleiras estavam cheias de eternos amigos
Ai descobri o que é sonhar
E sonhando, descobri que eu existia
Fim

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Temporal - no myspace

Já está disponível, pra quem quiser ouvir a canção Temporal no myspace do compositor! Vamos lá, continuo esperando algum comentário! Copie o link abaixo ou clique ao lado na lista de músicas FREE.
http://www.myspace.com/josetimotheo

sábado, 3 de setembro de 2011

Temporal - letra da música

Temporal
Autor: José Timotheo

Quanto o tempo mora na serra
Quanto o tempo dorme na serra
Eu não sei dizer, não senhor

Quanto o tempo espreguiça na serra
Quanto o tempo repousa na serra
Eu não sei falar, pro senhor

Eu só sei quando o tempo foge da serra
A pedra e a lama escorregam da mão
A serra não corta mas deixa cicatriz
Quando mexem com a serra
Ela nos deixa infeliz

Cuidem bem da serra
Cuidem bem da Terra
Cuidem bem de vocês
Cuidem bem de mim

Aguardem em breve, a liberação da música no myspace do compositor!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Temporal - a história


TEMPORAL
(a história)
José Timotheo

          O mundo começava a desabar. A Serra escorregava das suas terras altas, como se desmaiasse. Era noite ou dia? Isso não importava muito! O estrago não tem luz, não tem cor... Ele tem dor. E muita dor. Até hoje tem centenas de gritos enterrados... A terra geme... De onde vêm? Ninguém sabe. Mas ele está ali... Está lá... Principalmente dentro de muitas cabeças. E ele vai fazer eco até que alguém desperte.
          A Serra não teve culpa. Ela chorou lama e pedra. Ela não teve mãos para interromper o que os homens arrancaram do seu coração. Ela ficou frágil e deixou o seu sangue escorrer dos montes. Ela é derrubada. Ela não derruba, ela despenca da ambição do homem.
          As cicatrizes estão vivas. O alerta continua vivo. A Serra não morreu e nem vai morrer. Mas o homem pode continuar morrendo. Plante a Serra dentro da sua consciência. Deixe-a florescer. Cuidem bem do ipê, jacarandá, bromélias, orquídeas, de tudo, de tudo, do todo, do seu coração.
          Subia a Serra no dia 10/01/2011. Parei na estrada Muri – Lumiar, em Nova Friburgo, RJ, nas imediações do Stuky. Uma melodia pipocou na minha cabeça. Veio junto uma letra. –“Está caindo um temporal. Não se pode subir a Serra. Eu nunca vi nada igual.” Ainda não chovia. Eu perdi a música e preferia ter perdido a letra. E que nada disso tivesse virado realidade.
           Vamos cuidar melhor da nossa Serra. Vamos cuidar melhor do nosso planeta. Estamos no mesmo barco. Essa nave que viaja solta e alegre por esse infinito e que não tem pouso. Ela vai continuar viajando. E a gente? Se não formos bons tripulantes, vamos ficar pelo caminho... Enterrados com nossos egoísmos e ambições. Precisamos cuidar da Terra. Precisamos ser generosos. Precisamos plantar amor. Precisamos ser Homens de bem. Deuses de nós mesmos.
Fim
Obs: Em Janeiro de 2011, um forte temporal atingiu as Serras do Estado do Rio de Janeiro, o que se viu foram cenas de desespero e muita dor. Parecia irreal aquelas montanhas preservadas, e não favelas, virem abaixo como sorvete. Como amante da natureza e da Mata Atlântica, vi tudo com muita tristeza, e como poeta que sou, respondi com música aquela situação. Acabamos por gravá-la em agosto desse ano, e a mesma será faixa bonus do CD Refiz Estradas. 
Apresento para vocês, a história (com h, pois é verdadeira), embora preferisse que a mesma estivesse apenas na minha imaginação. 
Dedico essa canção à todas as pessoas que sofreram alguma perda, que ajudaram e se envolveram com aquela tragédia, e que ela sirva de alerta, pois as chuvas virão novamente!!
 Em breve a letra da canção e a liberação da mesma no myspace do compositor.