sábado, 26 de novembro de 2011

Voa, Voa - no myspace

Olá amigos, acabei de liberar a música Voa, Voa, do compositor José Timotheo, no myspace. Que tal ouvir e deixar um comentário?
http://www.myspace.com/josetimotheo/music/songs/voa-voa-mp3-83532926

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Festival Serra Sons - Lumiar - Feriado da Proclamação da República

Não posso deixar de comentar o ocorrido na localidade de Lumiar - 5º Distrito de Nova Friburgo, nesse último feriado da Proclamação da República.
Marcado para ocorrer do dia 11 ao dia 15 um Festival de Música, com grandes nomes da MPB, o festival foi cancelado no seu segundo dia.
A apresentação de Lulu Santos foi um sucesso, na noite de sexta-feira, embora, apenas 1/2 campo de futebol tenha sido ocupado.
No sábado, o cancelamento do show de Zeca Baleiro, ocasionou já alguns problemas, como atrasos e shows com horários equivocados, no palco 1 e 2. Porém o show de Alceu Valença foi o ponto alto da noite.
Porém a surpresa veio na manhã de domingo, com o boato da não vinda de Flávio Venturinni.
Lá pelo meio-dia, a estrutura do show já se encontrava sendo desmontada. MOTIVO:  Falta de Pagamento!
O público que já se encontrava na localidade, aumentava, hora a hora, pois o grande show esperado ocorreria na segunda-feira, um encontro depois de 20 anos, do CLUBE DA ESQUINA.
O sentimento de todos no local, moradores, comerciantes, turistas, era de profunda tristeza. Os prejuízos foram sendo contabilizados, porém, a dor que se via nos rostos era a de não poder ouvir o grande Milton Nascimento, e seus amigos, nesse que seria um show histórico para a comunidade!
Todos da região sonharam com esse acontecimento, pois todos de uma forma ou de outra, trazem na memória, parte de sua própria história, embalada nas músicas dessa turma!
Que os artistas saibam que o povo desse lugar é honesto, trabalhador e acima de tudo Fãs.
Lembraremos para sempre desse show que não aconteceu!
Que a lição tenha sido aprendida, que não permitam que usem o nome de tão bela localidade para usurpar as pessoas. Que verifiquem os lastros das empresas que se dizem produtoras, assim como a idoneidade de seus proprietários.
E que Lumiar e toda a região, continue a receber seus visitantes da mesma maneira carinhosa e atenciosa de sempre.

Voa, Voa - letra da música

Vôa, Vôa
Autores: José Timotheo e Beto Pepê

O tempo corre
Nas patas do meu corcel
O tempo voa
Como as aves lá no céu
É a saudade
Apertando o coração
Espremendo a minh'alma
Contra a poeira do chão

Voa, voa corcel
Me leva prá
Bem longe daqui
Voa, voa corcel
Eu quero ela
De volta para mim

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Voa, Voa - a estória

                                         VOA, VOA   
                                 A estória


          A estrada aponta para outro rodeio. O ar está sempre no próximo. É ali aonde ele chega e respira. E a vida do peão vai sendo renovada a cada competição. Mas ela nunca está completa. Pode vencer mais uma, mas isso não quer dizer que ele já está realizado. A sua vida está sempre na próxima. Pode até perder, que isso não quer dizer derrota. Pode cair do cavalo, que isso não quer dizer que levou um tombo na vida. O seu modo de viver está atrelado à emoção. Todo mundo sabe que ganhar é bom demais! Entretanto vencer... Vencer os seus limites, mesmo sendo lançado à distância, é o gosto saboroso que ele guarda durante dias. O desafio de ficar em cima “daquele cavalo selvagem”, mesmo que seja durante alguns segundos, principalmente sendo aquele que ninguém consegue nem chegar perto, faz com que o prazer tome o lugar do sangue e corra velozmente pelas suas veias. É o êxtase inebriando a alma.  E o peão viaja no céu!
          Lá vai ele com o seu corcel, amigo inseparável, em busca de mais uma emoção. Mas ninguém sabe, que às vezes, ele com toda aquela alegria, com toda aquelas emoções acumuladas, ruminando suas lembranças, acaba tombando na saudade. E ele deixa escapulir algumas gotas de lágrimas. O seu amor está numa cidadezinha, guardada, envolta na esperança, esperando pelo seu retorno, enquanto ele continua correndo de um lado para o outro.  
          O peão está sempre pegando estradas sem fim. Tenta retornar depois do final do circuito, mas acaba se distanciando tanto, que ao tentar voltar, já está começando tudo de novo. E o desafio dos rodeios fala mais alto. Ele e a estrada acabam sendo uma coisa só. Mas a sua alma acaba se espremendo contra a poeira do caminho. O peão chora e a sua dor vai tatuando cada pedaço de estrada por onde passa. E o corcel dispara entre um pouso e outro, mas não consegue correr o suficiente para ultrapassar a dor do peão.
          Mais um rodeio se aproxima. Ele aproveita a ansiedade da chegada e esconde a solidão na sua mochila. Ele quer ganhar vida. Mas a sua amada está distante. A escolha é difícil. Ele não consegue domar o xucro que carrega dentro de si e adia mais uma vez o retorno. Então prefere colocá-la na garupa da saudade e entrar com ele na arena e tentar ficar o maior tempo possível em cima de outro “cavalo indomável”.
            Ele sai, de mais um rodeio, revigorado. Não se importa do tombo que levou, pois sabe que a sua alma está mergulhada em sonhos. E volta novamente para a estrada carregando o corpo cheio de poeira e o coração arrebentando de saudade. Entretanto uma dúvida pisa na esperança e faz com que ele vacile. Será que o sonho vai se abraçar a realidade? Muda de estrada e voa com o seu corcel para o coração da sua amada.   
Fim