terça-feira, 29 de agosto de 2023

A Minha Casa Não é Essa - Parte 68

 


Continua...

        Téo quase gargalhando, puxou o amigo e deu-lhe um abraço fraterno. Mohammed correspondeu ao abraço e sentiu que abraçava um irmão. Percebeu também que ali estava selada definitivamente uma amizade. O abraço não foi só de corpo, foi muito mais de alma.

        Caminhavam abraçados para enfrentar o que aparecesse pela frente. Agora os dois tinham certeza que eram um só. E iam achar o amigo Rachid, estivesse ele onde estivesse. Téo sabia, mesmo que o amigo de Mohammed não o aceitasse como amigo, ele ia entender e mesmo assim o teria como amigo.

         O túnel parecia que não tinha fim, mas continuavam caminhando, com os braços em cima do ombro um do outro, com leveza, parecendo que não estavam mais preocupados com isso, pois no fundo da alma tinham certeza que iriam escapar daquele lugar indecifrável. Sentiam-se fortes o suficiente para enfrentar qualquer coisa que atravessasse em suas frentes. Nenhuma barreira iria detê-los, agora que não eram mais divididos. Isso dava para ver claramente na expressão de cada um.

          Alguma coisa, na direita, brilhou. Mais ou menos cinco metros à frente. Mohammed viu e parou, fazendo com que o amigo também estancasse. Téo como não tinha entendido o motivo da parada, indagou:

         - O que houve Mohammed?

         - O senhor não viu?

         - Aquilo lá na frente brilhando.

         - Não estou vendo, Mohammed.

         - Agora parou. Vamos esperar um pouco. Eu não me engano, tem alguma coisa lá. Eu vi.

         - Então vamos esperar. Não duvido que você tenha visto.

          Ficaram em silêncio, com olhos fixos na direção onde Mohammed tinha visto alguma coisa brilhar. Enquanto esperavam decidiram sentar-se novamente. Téo olhava aquele túnel que parecia sem fim e pensava nos amigos que ficaram bem lá trás, mortos. Não conseguia entender como não tinha morrido junto com eles. Por que será que Deus o protegeu e não fez o mesmo com eles? Não entendia nada sobre essa proteção. Isso deixava-o muito encucado. Olhou para Mohammed e viu que não era só ele que tinha essas “costas quentes” com o criador.

        Lembrou-se das intuições que os livrara de inúmeras situações de perigo. Quantas vezes conseguiu se salvar? Não se lembrava. Sabia que não podia duvidar nunca desses avisos. Era só segui-los e pedir a Deus para dar uma mãozinha. E até ali sempre se saiu bem. Essa incógnita ia acompanha-lo pelo resto da vida, porque não tinha, até aquele momento, a quem perguntar.

       Mohammed observou que o amigo estava muito pensativo, parecia mergulhado em conjecturas. Ficou com vontade de perguntar, mas se conteve e voltou a olhar para onde tinha visto o ponto brilhante. Mal colocou os olhos nessa direção, o brilho voltou. Imediatamente sacudiu o braço do amigo e mandou-o olhar. Téo se assustou, mas saiu rápido dos seus pensamentos – quase um transe? - e viu realmente algo brilhando. Os dois levantaram-se ao mesmo tempo e caminharam em direção ao objeto (?). Sem perceber quase correram. Chegaram e ficaram surpresos com o que viram: era uma caixa quadrada presa na parede da tubulação. Eles não sabiam, mas era a mesma que Rachid tinha visto. Téo observou um botão do lado direito da caixa e, sem perceber, o seu dedo já estava apertando-o. Instantaneamente duas portinholas foram se abrindo e no seu interior apareceram garrafas de água mineral. Mohammed colocou a mão em uma delas, mas só que não conseguiu tirá-la. O sargento tentou também, mas também não conseguiu.

          - Sargento, por que botaram essas garrafinhas de água aí, se não se consegue tirá-las?

          - Não sei. Mas pode ter alguma coisa para destravá-las. Não colocaram aí à toa. Têm esses pacotes aqui, vou ver se eles saem.

          No primeiro que ele meteu a mão, saiu facilmente. Olhou para Mohammed, sorriu e entregou-o. Depois foi tirar mais um. Ao pegar outro pacote, surgiu um ponto luminoso bem no fundo da caixa. Se virou e falou:

          - Mohammed, olha só. Tem um ponto brilhando lá no fundo. Olha só.

          - Mete o dedo para saber o que é, sargento. Está com medo?

          - Que medo o quê! Vou encostar o dedo. Pode ser um botão igual a este aqui, que abriu as duas bandas.

          - Então aperta-o. Pode ser que seja um armário maior.

          - Que armário? Um armário grande, dentro de um pequeno? Está maluco, Mohammed?

          - Não é isso, sargento! Eu pensei... Sei lá no que eu pensei! De repente abre uma porta e a gente sai para a rua!

         - Esqueceu que estamos debaixo da terra? Só se for algum compartimento secreto.

         - Isso! Uma sala secreta! Aperta logo, sargento!

         O sargento foi esticando o braço, mas temeroso. Podia apertar o botão rapidamente, entretanto, suspeitando que pudesse ter uma surpresa desagradável, apenas encostou a ponta do dedo no ponto luminoso e foi ficando ali agarrado na dúvida. Olhou para o menino, que estava ansioso para saber o que tinha ali, e voltou a olhar para o fundo da caixa. E a dúvida persistia: apertar ou não o botão. De repente sentiu que alguma força empurrava o seu braço. Resistiu a essa força e tentou tirar o braço, mas nesse momento o menino empurrou-o, forçando-o a pressionar o botão. Aí, como um raio, alguma coisa passou a alguns centímetros do seu nariz. Com o susto, desabou no chão, levando consigo Mohammed. Quando conseguiram se levantar, o susto foi ainda maior: ali em pé na frente deles estava um homem barbado, com quase um metro e oitenta de altura, que se virou e saiu caminhando. Mohammed falou para Téo:

          - Sargento, quem será esse homem? Mas o olhar me pareceu familiar! Olha só que coisa estranha!

         Rachid ia andando dentro de uma bola, de uma película transparente. A cada metro que andava, ia diminuindo de tamanho e ficando mais novo. Foi assim até ficar com a fisionomia e o tamanho atual.

        Os dois amigos olhavam o que estava acontecendo, mas não entendiam o que se passava bem na frente dos seus olhos. Parecia que tudo aquilo era pedaço de um sonho. Téo achou até que podia ter morrido e estava em outra dimensão.

          - Mohammed! Você está vendo isso? Acho que morri. E você também. Devemos estar em outra dimensão. Aqui na Terra não acontece esse tipo de coisa. A pessoa vai dimi... Não! Isso não aconteceu!

          - Sargento, eu também não estou entendendo nada! Mas eu estou vivinho da silva! Não sei o que aconteceu, mas... Sargento! Vamos atrás de Rachid! É Rachid! Ele é o único que pode nos explicar isso! Vamos lá?

         - Claro! Vamos sim!

.........Continua Semana que vem!

terça-feira, 22 de agosto de 2023

A Minha Casa Não é Essa - Parte 67

 


 Continuando...

          - O que houve sargento? – perguntou segurando no seu braço.

          Téo olhou para o amigo, mas não teve forças para responder, apenas mandou-lhe um olhar triste e medroso. Mohammed não entendeu o que estava se passando com ele. Com gentileza puxou-o e convidou-o a sentar-se um pouco. Téo aceitou a sugestão do menino e sentou-se, encostando-se à parede fria do metal, mas em seguida fechou os olhos e mergulhou em pensamentos. Depois de alguns minutos nesse estado, abriu os olhos e disse:

          - Mohammed, está acontecendo alguma coisa estranha comigo. De repente bateu um medo, que não estou entendendo. Não é medo daqueles bandidos, isso eu tenho certeza. Tive a nítida impressão que não vou conseguir sair daqui desse labirinto.

          - Calma sargento. Não fica assim não. Nós vamos sair daqui sim, pode ter certeza. Isso que o senhor está sentindo é desgaste emocional. Em pouco tempo o senhor perdeu três amigos. Isso foi uma carga muito pesada para o senhor.

          - Talvez. Mas tem alguma coisa de sobrenatural.

          - Fantasma?

          - Se é fantasma, eu não sei. Só sei que continuo arrepiado dos pés à cabeça. Isso não é legal. Perdi os três amigos e agora tem também o seu amigo que desapareceu, sem deixar nenhum sinal.

          - Isso é... – falou Mohammed pensativo. Depois olhou para o teto do túnel, alisou o queixo e completou o que tinha começado a falar:

          - Sargento eu sinto também umas coisas estranhas, mas estou otimista. Tenho certeza que vamos achar o meu amigo Rachid e encontrar o caminho da saída. Não podemos ficar pessimista não. Vamos levantar e ir em frente. O senhor sempre me pareceu uma pessoa forte e valente.

          Até que com essas palavras, que pareceram mágicas, o sargento esboçou um leve sorriso e, antes que o menino falasse mais alguma coisa, já estava de pé. E como por encanto, já parecia outra pessoa. Aí sorriu com vontade para o menino e estendeu-lhe rapidamente o braço e esperou que ele o segurasse, puxando-o em seguida. Mohammed em segundos já estava de pé. Bateu no ombro do sargento e disse entre risos:

          - É sargento, o senhor renasceu! O senhor é uma nova pessoa! Graças a Deus! O que foi que aconteceu? Não precisa nem responder, porque acho que nem o senhor vai saber dizer, não é? Vamos em frente?

          - Vamos Mohammed. Vamos. Acho que não vou saber mesmo, responder à pergunta que você me fez. Então vamos.

         - É assim que se fala, sargento. Vamos procurar Rachid e depois encontrar a saída desse lugar misterioso.

        - Você falou certo: misterioso. Esse lugar é muito estranho mesmo.  

        Recomeçaram a caminhar, deram os primeiros passos, mas por incrível que pareça não saíam do lugar. Olharam-se e tentaram forçar os passos, mas os pés não obedeceram. Conseguiam até levantá-los, entretanto o que acontecia era inexplicável: não iam para à frente e voltavam sempre para a mesma posição. Depois de algum tempo de luta, outro fato estranho: de repente começaram a ser arrastados por alguma força desconhecida. O tempo foi curto nesse transporte. Mas quando pararam, perceberam que os pés não tocavam no chão. - Levitação? – falou baixinho, Téo.

        Como chegou, à força estranha sumiu. Perceberam então que podiam controlar novamente às suas vontades. Movimentaram-se livremente. Com uma expressão de incredulidade, Mohammed olhou para Téo e falou:

        - Sargento. Fala para mim: não aconteceu nada aqui, não foi? Estamos sonhando, não é?

       O sargento respondeu com a mesma cara de incredulidade:

        - Mohammed eu não quero acreditar em nada que aconteceu aqui. Pode ter sido um delírio.

        - Mas nós dois deliramos juntos? Sonhamos juntos também?

        - Mohammed... - Téo deu uma pausa, pensando no que ia responder. Depois de alguns segundos continuou. – Mohammed eu falei que podia ter sido um delírio, mas acho que não foi. Também não sei o que aconteceu. Isso tudo foge ao meu conhecimento. Sabe o que senti? – Mohammed balançou a cabeça negando. – Eu senti que eu levitei. Alguma força que desconheço tirou a gente do chão.

        - Sargento, mas existe isso? Já ouvi falar em levitação, mas nunca vi ninguém tirar os pés do chão sem ser ajudado por outra pessoa. Ou então pulando.

       - Nem eu. Nem eu tinha visto, mas vi agora. Você levitou e eu também.

       - Que coisa de doido, sargento!

       - Vamos aproveitar que estamos livres e vamos em frente.

       - Acho melhor. Senão vou ficar maluco, só em pensar nessas coisas que aconteceram.

      Mal eles deram os primeiros passos, Téo parou repentinamente e segurou o braço do menino. Mohammed não entendeu, mas parou na mesma hora. Olhou para ele para perguntar o que tinha havido. Viu que ele apontava para o fundo do túnel.

        - O que é aquilo, sargento?

        - Sei lá. Que coisa estranha. Não parece uma porção de ondas?

        - Não sei. Nunca vi onda nenhuma.

        - Você nunca foi ao mar?

        - Eu nunca. Nunca vi onda nenhuma.

        - Mohammed, está parecendo várias ondas, uma em cima da outra.

        - Se a onda do mar é assim, até que é bonita.

        - No mar é bonita, mas aqui é muito estranho.

        - Sargento, a gente vai até lá, ou vamos ficar aqui parados?

        - Não sei.

        - Está com medo, sargento?

        - Medo? Não. Vamos chamar de cautela.

        - Sargento, eu estou achando que podemos ir até lá. Se alguém ou alguma coisa quisesse fazer algum mal contra a gente, já tinha feito. Se essas ondas tivessem vindo até a gente, já estávamos mortos. O senhor não acha?

        - É meu amigo, você tem razão. Se essa água toda tivesse vindo até nós, já tínhamos nos afogados. Vamos em frente.

        A cada passo, as ondas recuavam, recuavam até desaparecer por completo. Os dois se olharam com um ar de alívio, respiraram fundo, ao mesmo tempo, parecendo que aquilo tinha sido combinado. Isso foi motivo de risos espontâneos. Quem visse aquelas duas pessoas juntas, juraria que eram velhos amigos, tal a afinidade que explodia a olhos vistos.

 ..........Continua na Semana que vem!

terça-feira, 15 de agosto de 2023

A Minha Casa Não é Essa - Parte 66

 


Continuando...

           Téo terminou de falar e ficou em silêncio, com o olhar mirando o fundo do túnel, parecendo que procurava mais alguma coisa para dizer ao menino. Depois fechou os olhos e foi buscar no passado, não muito distante, a sua história que toda vez que lembrava, parecia que estava acontecendo naquele momento. Não demorou muito e abriu os olhos, voltando a olhar para Mohammed, que ainda continuava calado esperando que ele continuasse a falar mais alguma coisa. Téo engoliu em seco e começou a falar:

          - As bombas estouravam por todos os lados. O céu de Bagdá era só fumaça.  Um pelotão inteiro jazia ali numa rua do subúrbio da cidade. Aquilo tinha sido uma carnificina. Os terroristas depois de terem acabado com mais de cinquenta vidas, ainda, para não ter dúvida de que houvesse algum sobrevivente, despejou várias granadas por cima daqueles corpos já moribundos. Depois começaram a dar tiros para o ar, parecendo que participavam de alguma festa satânica. Isso, só fiquei sabendo depois.

          Não resistindo à curiosidade, Mohammed interrompeu o sargento:

          - O senhor estava neste pelotão, que foi dizimado?

          - Estava Mohammed. Eu estava ferido, mas ainda estava acordado. Mas não foi por muito tempo, logo depois apaguei, mas consegui ainda ver quando lançaram granadas em cima dos corpos.

          - Pegou alguma granada no senhor?

          - Puxa Mohammed! Se tivesse caído alguma em cima de mim, eu estaria contando isso agora pra você? Acho meio impossível! Não é?

          - Claro! Claro! Eu quis dizer... eu quis dizer, perto. Se algum estilhaço tinha pegado no senhor.

          - Pegou. E não foi pouco não. – falou e em seguida levantou a camisa para o menino olhar. Do pescoço até o umbigo só tinha cicatrizes. Mohammed olhou assustado o quadro que se apresentava a sua frente. Com os olhos arregalados, comentou:

          - Puxa sargento! Como o senhor conseguiu se safar dessa? Só mesmo milagre! Sargento, aí teve a mão de Alá!

          - Eu sei. Eu sei que tenho uma proteção fora do comum. De quem? Não sei.

          - De Deus. De Alá!

          - Será que Deus ia proteger só a mim? Pessoalmente? Acho muito difícil isso. Ele tem que ter ajudante para olhar por nós.

          - Pela sua religião, Jesus. E pela minha, Maomé. É a minha religião atual. Não posso ter outra.

          - Mas assim mesmo, Mohammed, é muita coisa para um santo só. Jesus deve ter uma porção de ajudantes e Maomé também. Buda também deve ter parceiros para cuidar dos seus adeptos.

           Mohammed coçou a cabeça, pensativo. Depois passou a mão no queixo e ficou cismando. Téo olhava curioso com a expressão do amigo. Pensou em perguntar alguma coisa, mas desistiu. Ficou apenas olhando para as caretas que o menino fazia, enquanto ruminava alguma coisa.

            O tempo silencioso envolvia os dois. Parecia que apenas os pensamentos de Mohammed faziam barulho. E o sargento teimava em não interromper essa viagem, mas aquilo já estava dando nos seus nervos. “O que será que tanto esse menino pensa? ” – balbuciou Téo. Parece que Mohammed escutou o que sargento falara e disse:

           - Sargento eu pensava sobre essas coisas de Alá. Imaginei entrando no seu mundo, mas fui interrompido por um porteiro.

           - Porteiro? O que é isso agora? – Téo falou deixando escapar um leve sorriso.

           - Porteiro sim. Esse porteiro é a nossa pequenez. Como pude ousar tal pensamento? Alá nunca esteve aqui. Maomé já. E assim mesmo não temos como imaginar a morada dele lá em cima. Achamos sempre que temos que contar com eles, entretanto a coisa não é bem assim. Aqui na Terra temos que contar, em primeiro lugar, conosco e depois com os amigos. É um tentando ajudar o outro. Lembra que Rachid salvou a gente? Então ele deve ser ajudante de Maomé. O senhor me salvou, então deve ser ajudante de Jesus. Os dois ficam lá de cima satisfeitos com o nosso desempenho e Alá aplaudindo Jesus e Maomé pela boa administração.   

             - Dê onde você tirou isso, Mohammed?

             O menino não respondeu ao sargento, franziu o cenho e depois abriu um sorriso que iluminou todo o seu semblante.

           Voltaram a caminhar, com a mesma marcha anterior, mas em silêncio.  Mohammed já estava com a expressão bem mais tranquila, já o sargento começava a exteriorizar a tensão que mastigava a sua tranquilidade. Olhou para o fim do túnel e sentiu que ele não tinha fim. Isso causou um mal-estar tamanho, quase o levando ao pânico. Visualizou o seu futuro, sendo um prisioneiro perpétuo naquele túnel sem fim. Olhou para o menino, querendo externar o que trazia no peito, mas o seu orgulho não permitiu dizer que sentia medo. Pior é que não sabia dizer que medo era esse. De quê ou de quem. Pensou um pouco mais e achou que não era dos bandidos. Isso já foi um pequeno alívio.

          A cada passo que dava sentia os pelos do seu corpo se eriçarem. Passou a mão na cabeça pensando que os cabelos estavam levantados. Sentia-se muito estranho. Sem perceber parou de andar. Mohammed, que já estava um pouco mais adiantado, ao olhar para o lado, já incomodado com o silêncio entre eles, para falar alguma coisa com Téo, assustou-se, parou e virou-se para trás. Ficou surpreso ao vê-lo parado, com o olhar perdido no nada. Deu meia volta e foi ao seu encontro.

 ---------Continua Semana que vem!