Continuando...
- Meu Deus! – exclamou Natasha, com pesar.
- Natasha, eles a mataram. Não precisamos esperar dois anos para irmos embora. José Antônio pode ir conosco. Se ele quiser, já que não corre risco de vida... Não corria, agora corre. Já está envolvido comigo e agora, realmente, corre risco. Cheguei a falar para Nathália que você corria risco de vida. Parece que previ o futuro.
- Não entendi. – disse José Antônio.
- Zé, é um projeto secreto. E quem está envolvido nesse projeto, tem risco de vida. No caso não sou só eu, os médicos também.
- Acabei não falando sobre eles. Não consegui descobrir nada a respeito deles. Os nomes dos médicos são fictícios. Nem fichas têm. A ficha de Carla já tinha sumido, mas o meu amigo lembrava do nome completo. Só não se recordava do endereço. Por isso a demora na investigação.
- E agora, Dyllon? – perguntou Natasha.
- E agora? Vamos embora. Eles continuam me chamando. Acredito que já está na hora de partirmos. Vai conosco, rapaz? Natasha não pode ficar, porque corre risco de vida. E agora você também.
- Então vou, claro! Mas para onde?
- Não sei. Desconfio que vamos sair da Terra.
- Vamos para outro planeta? Você não é daqui? - perguntou o rapaz assustado.
Dyllon ficou pensativo. Algumas imagens invadiram a sua mente. Era de um lugar bonito, que já estivera(?) Bem diferente daqui. Pessoas que não conseguia identificar, quase translúcidas. Um pássaro, que vira antes, que continuava a voar dentro da sua cabeça. Mas ainda não conseguia identifica-lo. Veio a pergunta novamente: ele era daquele lugar? Não sabia se passou a ser, depois que dormiu por vinte anos. Era da Terra, antes de dormir?
Ele ficou olhando para o rapaz sem saber o que dizer. O silêncio começou a incomodar até a ele mesmo. Como responder uma pergunta que, aparentemente, não tinha resposta? Ouvia ou sentia um chamado, mas não conseguia identificar esse chamamento. Não sabia se brotava dele mesmo, ou se vinha, talvez por telepatia, de alguém que não sabia onde poderia estar. A sensação era, não tinha dúvida, da certeza de que, quando saísse dali, ia ao encontro do chamado, que mesmo não sabendo o caminho, não ia perde-lo. Mas que caminho era esse? Não ia conseguir identificar, para dizer para aquelas duas pessoas que olhava-o, absortas, esperando que dissesse alguma coisa. De repente sorriu e balançou a cabeça. Caminhou pelo quarto e foi ao banheiro, e lavou o rosto. Olhou-se no espelho e se assustou. Viu claramente os dois médicos em desespero, correndo por um corredor comprido e sendo perseguidos por algumas pessoas armadas. Não conseguiu descobrir o motivo ou motivos da perseguição. Suspeitou que ele teria sido o causador do desequilíbrio dos médicos. Não conseguiu entender porque ainda tinha limitações em algumas coisas. Dessa vez, apenas viu a cena.
- Natasha, acabei de ver os médicos sendo perseguidos por pessoas armadas. – falou Dyllon, logo ao sair do banheiro, com uma expressão marcada pela preocupação.
- Você sabe o motivo?
- Não. Apenas os vi correndo desesperados. Não consegui descobrir a causa. Será que eu os levei à loucura?
- Você tem certeza que enlouqueceram? De repente descobriram que podem ser mortos, também. Quem sabe não descobriram que os outros médicos foram executados, como foi a enfermeira Carla. Meu Deus! Eu posso ser também executada!
- Calma, Natasha. Já falei pra você que isso não vai acontecer. Vou tirá-la daqui viva. Vamos sair nós três. Isso se o rapaz quiser nos acompanhar.
,,,,Continua Semana que vem!
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