terça-feira, 13 de maio de 2025

Uma Luz e Nada Mais - Parte 55

 


Continuando...

                    Natasha seguiu os médicos meio cabisbaixa. As esperanças de encontrar o seu namorado, foi por água abaixo. Caminhou tristonha em direção ao quarto de Dyllon. Os dois médicos a esperavam para abrir as portas. Qual não foi a sua surpresa: os doutores, de olhos arregalados, voltaram apressados em direção a sala de reuniões. Só que não conseguiam abrir a porta, de tanto era a tremedeira que os abatera.  Natasha parou instantaneamente ao notar o pavor que se instalara nos rostos deles. Nunca tinha percebido qualquer traço de medo naquelas faces insensíveis. - O que está acontecendo? - pensou ela. Depois olhou na direção que eles olhavam e tomou o maior susto também. Caminhava lentamente, em direção a eles, um espectro. Natasha ficou presa no chão. Nesse mesmo instante, José Antônio saiu da cabine. Não sabe como foi parar do lado de fora. Parece que alguma coisa o colocou ali, de frente para aquela aparição fantasmagórica, que estava parada em frente aos médicos, que, já sentados no chão, encostados à porta, se encolhiam apavorados. Depois deu meia volta e caminhou até ficar frente a frente com ele. – É ela! – gritou ele.

                     Em frações de segundos, a imagem desapareceu. Os médicos se levantaram e saíram apressados, quase correndo, em direção a porta do fundo do corredor. Abriram-na rapidamente e sumiram das vistas de Natasha e José Antônio, que ainda permaneciam com os pés colados no chão.  

                      Os dois trocavam olhares sem conseguir falar nada. O tempo que ficaram mudos, se perguntassem, não saberiam dizer. Pareciam em estado de choque. E o tempo foi passando até que, de repente, Dyllon apareceu entre os dois, gargalhando. O som que emitia, ecoava pelo corredor tão fortemente, que a impressão é que causara um pequeno abalo sísmico. Isso fez com que os dois namorados saíssem daquele estado apoplético.

                    - Dyllon, assim você nos mata! – falou Natasha, ainda assustada com o que acontecera minutos atrás.

                    José Antônio olhava para Natasha e para Dyllon, sem conseguir perguntar o que estava acontecendo. Natasha entendeu a sua dificuldade e socorreu-o.

                     - Calma, Zé Antônio. Ele é o paciente que fica naquela enfermaria. – apontou na direção e aguardou alguns segundos esperando alguma reação dele.  

                     Willian olhava de dentro da cabine, por um vidro que só via quem estava de dentro. Mas se assustou quando isso não aconteceu. Do lado de fora virou noite. Constatou que às câmeras foram desligadas, antes que ele o fizesse. - Foram desligadas, por quem? – fez essa pergunta muda. Tentou levantar-se, mas não conseguiu. Teve a sensação que estava colado na cadeira. Queria abrir a porta e olhar para ver o que estava acontecendo. Estava preocupado com o amigo. Depois que José Antônio passou pela porta, não o viu mais. A câmera que ficava acima da porta, ele não desligava. Somente a que ficava em frente à porta de Natasha e a do final do corredor.

                      Dyllon esticou o braço, com a mão espalmada, para apertar a mão de José Antônio, que custou a esticar a sua. Depois abraçou-o e puxou Natasha, abraçando-a também. O rapaz parecia ainda em estado de choque. Natasha já estava acostumada com Dyllon e se recuperou logo do susto.

                     - Dyllon, o que foi isso? Olha só o estado que você deixou o meu namorado, homem!

                     - Ele vai ficar bem. Vamos rapaz! – batendo no ombro de José Antônio. – Conversaremos no quarto de Natasha! Lá, ninguém vai nos atrapalhar! – fez uma pausa - Na verdade, em lugar nenhum eles podem nos atrapalhar. – colocou a mão na boca e sorriu, desdenhoso - O seu amigo não está entendendo nada do que se passou aqui. Tentou várias vezes se levantar, mas continua com a bunda presa no assento. – deu um risinho – Depois eu o deixo se soltar. Vamos?

 .....Continua Semana que vem!

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