terça-feira, 4 de novembro de 2025

Uma Luz e Nada Mais - Parte 80 - (Final)

 


Continua...

                           Dyllon se afastou dos dois e se dirigiu para onde estava o foco luminoso, seguido do soldado Oliveira. Entraram dentro da luz e sumiram temporariamente. Depois de algum tempo ele voltou sozinho.  Quando apareceu fora da luz, era um ser quase transparente e totalmente iluminado.

                           Natasha arregalou os olhos e não conseguiu emitir qualquer som. O mesmo se deu com o seu namorado. Dyllon sorriu e deixou que eles vissem o seu riso, porque era quase impossível perceber qualquer transformação facial naquele novo ser, que se transformou Dyllon. Ele esticou os braços chamando Natasha. Ela caminhou até ele, mas sem muita firmeza nos passos. Meio cambaleante chegou até o amigo.

                           - Natasha, – disse ele – realmente você não quer vir comigo. Mas eu entendo a sua preocupação. Talvez ficasse infeliz junto da minha gente. Lá eu não posso ficar com a forma do Dyllon que você sempre conheceu e isso ia causar-lhe um grande desconforto. Mas... venha comigo até a luz.

                            Natasha ficou em dúvida se ia com o amigo ou não. Assustada, olhou para o namorado pedindo socorro, mas José Antônio não conseguiu fazer nada. O próprio coitado estava completamente sem ação. Dyllon sabendo que Natasha pudesse recusar, já tinha tomado as suas providência a respeito do seu namorado, deixado-o pregado no chão.

                            Já que ela não conseguiu se mover, ele foi até ela e pegou-a pela mão. Caminharam sem pressa até sumir debaixo da luz. Ali ficaram por algum tempo, até que saíram os dois com Natasha já apresentando um novo semblante.  Sorriu para o namorado e falou:

                           - O que você está pensando de mim? Eu li o seu pensamento: eu não vou deixa-lo nunca. Ih! Viu o que aconteceu? Dyllon, – se virou para o amigo – o que você fez comigo? – deixou escapar um sorriso.

                           - Você vai poder se comunicar comigo quando quiser. Não é só isso que você vai poder fazer. Muito mais coisas você vai poder realizar. Use tudo em benefício das pessoas. Use sempre para o bem do próximo. José Antônio venha até aqui. Você também é uma ótima pessoa.

                           Ele ficou na dúvida se ia ou não. Aquilo tudo parecia uma fantasia. Achou que estava sonhando. Dyllon sorriu.

                           - Pode vir, sem medo. Você não está sonhando. Os poderes que vocês terão, não é fantasia. Não esqueçam de uma coisa: nada pode ser revelado para ninguém. Vocês vão realizar coisas fantásticas, mas sem ninguém saber. Sem vaidade. Senão perderão tudo que conquistaram. Venha meu amigo.

                           José Antônio tomou coragem e caminhou até Dylon. Entrou debaixo do seu braço e foi conduzido até o interior do facho de luz. Como aconteceu com Natasha, se repetiu com ele. Agora eram duas pessoas diferentes das outras da Terra. Os poderes adquiridos, fariam deles dois seres poderosos e indestrutíveis.

                            Dyllon olhava para os dois e, sem os amigos perceberem, deixou que duas lágrimas rolassem pelo seu rosto quase transparente. Caminhou até ao encontro dos dois e abraçou-os. Depois disse:

                            - Com os poderes que têm, poderão entrar em contato comigo, quando quiserem. Se resolverem conhecer o meu planeta, é só mandar uma  mensagem, que venho rápido. E não esqueçam: façam bom uso dos seus poderes. Só isso. Se perderem por mau uso, me perderão.

                              Dyllon caminhou até a luz e sumiu no seu interior. De repente o soldado apareceu e acenou para os dois e sumiu novamente.

                               A luz começou a girar. Quanto mais aumentava a velocidade, diminuía a intensidade da luz. Até ficar num formato de um disco, tão propalado pelos caçadores de OVNIS. De repente parou de girar e num piscar de olhos sumiu.  

                                José Antônio abraçou Natasha e, mirando o céu, tentou encontrar algum vestígio da nave, mas só viu uma infinidade de pontos luminosos piscando. - O disco pode ser até um daqueles pontos. – pensou ele. 

                               De repente, sem perceberem, começaram a sair do chão. Só foram se dar conta que não pisavam mais o solo, quando começam a ver a floresta de cima. Automaticamente, sem combinarem, olharam para baixo: lá estava de novo o micro riacho. Só que agora seguia em outra direção. Os dois se olharam, sorriram, se beijaram e seguiram o fio d’água, caminhando sem pisar em terra firme.  

                                                           fim

ESTA É UMA OBRA DE FICÇÃO. QUALQUER SEMELHANÇA COM NOMES, PESSOAS OU ACONTECIMENTOS REAIS TERÁ SIDO MERA COINCIDÊNCIA.

 

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