Continuando...
Mal Dyllon acabou de falar o processo de limpeza começou. Incrivelmente a imensa nuvem radioativa começou a descer. De onde ela tinha saído, começou a entrar por cada furo que os raios luminosos tinham feito em cima da base. Em segundos toda a fumaça fora sugada para o interior da base, não ficando nenhum resquício da radiação. Parecia que estava tudo terminado, mas, depois de alguns minutos, uma coisa pastosa foi lançada por sobre toda a área da base. Aparentemente aquilo foi uma forma preventiva para impedir qualquer escapamento da radiação.
O ovoide continuava parado no mesmo lugar desde que ali chegara, mesmo depois de ter lacrado o local. Nem Dyllon e nem o soldado souberam captar o motivo da permanência da nave por mais tempo sobre a base. Os quatro não se moveram, continuaram esperando por mais algum evento. Mas como nada aconteceu, segundo Dyllon, deveriam continuar viagem.
Ele e o soldado estavam apenas admirados com tudo que aconteceu, mas Natasha e o namorado, pareciam em estado de deslumbramento. De repente estavam mesmo era em estado de choque. Dyllon percebeu e falou para o amigo:
- Oliveira, como já disse, está na hora de irmos embora. Olha só esses dois como estão: parecem abobados. Também não é para menos, presenciar tudo que aconteceu, tinha que dar nisso. Depois puxamos os dois para a normalidade.
- De repente podemos até limpar a memória deles. O que acha?
- É bom que fique registrado todo o ocorrido aqui hoje. Vamos tirar só a dor pelo o que presenciaram. Vai parecer uma coisa normal.
- Mas Dyllon, não teve nada normal ali. Não sei por que para nós dois não causou sofrimento. Não é estranho? Parecia uma coisa já vivenciada por mim. Mas aonde?
- Soldado, não sei te responder. Eu já tenho as minhas interrogações, que não são poucas. Fica com as suas. Um dia vamos saber tudo.
- Concordo, amigo. Acho que vamos ter muito mais interrogações para responder daqui para frente.
- Eles nos esperam. Não tive nenhum contato telepático, só intuição mesmo. Pressinto que esta na hora de continuar a caminhada. Já tinha até falado isso, agora insisto. Vamos caminhar.
- Não entendo isso, Dyllon. Contato telepático. E intuição. Isso está me parecendo também um contato. A intuição dizendo para gente continuar andando? Alguém está falando na telepatia e na intuição?
- Natasha, a intuição é uma recepção clara. O nosso raciocínio não participa. É um pressentimento. Assim eu percebo. Já a telepatia, é uma coisa engraçada, o pensamento de uma pessoa que está longe invade a sua cabeça e fala com você, sem precisar usar os sentidos. A gente conversa sem falar. Acho que é mais ou menos isso. Você não tem intuições? Às vezes vem alguma coisa orientando você a mudar de direção. Perigo à vista! Depois você vai saber que houve um acidente ou coisa parecida naquele local que você ia passar. Quando não escutamos essa “voz” interior (ou exterior?) quebramos a cara.
- Agora você me confundiu mais ainda, Dyllon. – disse Natasha com um muxoxo.
- Natasha – riu e passou a mão carinhosamente nos cabelos dela – nós vamos ter tempo para conversar bastante sobre muitas coisas. Eu tenho também que aprender e entender tudo isso que está nos acontecendo. Agora... Vamos caminhar?
Era uma caminhada estranha, já que era sem pisar no chão, mas não deixava de ser o único caminho para se chegar ao destino. Dyllon e o soldado olhavam para baixo e via o riacho ir encolhendo. Parecia que a cada pedaço do caminho, ele diminuía mais um pouquinho. “ Parece que alguém está puxando o fio d’água. – disse o soldado, guardando o riso. Mas ele sabia que o que foi colocado ali e esperado por eles, era só para levá-los de volta ao ponto de partida, que seria o destino final. O soldado Oliveira era o responsável de levar o grupo até à fortificação, onde estava a imensa luz. Talvez a nave mãe.
.....Continua Semana que vem!

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