terça-feira, 14 de outubro de 2025

Uma Luz e Nada Mais - Parte 77




Continuando...

                O ovoide continuava a recolher pessoas, sugando-as para o seu interior. Depois de mais alguns minutos nesse processo, que parecia não ter fim, foi diminuindo o número de pessoas que saíam, até que finalmente cessou e a nave começou a recolher os seus raios luminosos. Quando tinha terminado toda a operação, Dyllon e o amigo, o soldado Oliveira, foram descendo até chegar ao solo. Instantaneamente abriram os olhos e ficaram de pé. Tinham voltado ao normal, aparentemente, mas parecia ainda conectado com alguém ou alguma coisa. Esticou os olhos para os amigos, que ainda estavam arriados no mesmo lugar, e balançou a cabeça.

                  -  Meus amigos, vai voltar tudo ao normal, mas vamos ter que abandonar esse lugar o mais rápido possível. Vamos? – chamando-os também com um gesto de mão.

                  - Dyllon... – fez uma pausa – e essas pessoas que foram puxadas lá de dentro da base?  - perguntou Natasha, já levantando e indo em direção dos amigos.

                   - Só foram retiradas as pessoas boas. As más, lá ficarão para sempre. Por isso é que estou falando para sairmos daqui. Eles estão esperando que partamos.

                    Dyllon pegou a amiga pelo braço e começou a subir. O soldado fez a mesma coisa com o namorado de Natasha. E lá foram os quatros seguindo o micro riacho.

                     O ovoide repetiu o mesmo processo com os raios de luz. Cada facho entrou no mesmo ponto de onde foram retirados os trabalhadores da base. Ficaram assim por alguns minutos, só trocando a tonalidade da cor da luz.

                     Os quatro, quando se acharam em segurança, pararam no ar e olharam para trás. Agora podiam presenciar, no caso Dyllon e Oliveira, o que não viram, enquanto se mantinham concentrados em sintonia com alguma coisa que desconhecia, que era apenas a imensa luz,  ficando registrado apenas uma vaga lembrança de alguns raios saindo do ovoide. Agora não, estavam vendo com os olhos da carne, os raios saindo da nave e mudando de cor a cada minuto. Principalmente Dyllon, tinha certeza que  iam ver alguma coisa a mais de tudo o que tinha sido feito anteriormente. O que  era, Dyllon ainda não sabia.

                    Eles estavam a mais ou menos cinco km do ovoide, quando pararam, mas davam para ver o ovoide repetir os mesmos procedimentos que fizera anteriormente, só que dessa vez não sugava ninguém. De repente os raios ficaram todos com a mesma tonalidade: um verde musgo. Pouco tempo depois viram quando começou a descer alguma coisa por cada raio, ao mesmo tempo.  Acompanharam até que entraram para o interior da base. Nesse momento Dyllon pediu para que todos não olhassem para o que iria acontecer dentro de um minuto, porque os olhos não suportariam a claridade que cobriria toda a área da base. Ninguém questionou, todos se viraram imediatamente, tapando os olhos.

                   A precisão do que ia acontecer, prevista por Dyllon, foi exata. Uma explosão, sem haver quase ruído algum, aconteceu. Mas a terra foi sacudida ao ponto de destruir uma fatia da floresta mais próxima, deixando grandes árvores com as raízes para o alto. Depois disso, subiu uma fumaça acinzentada até a uma altura de cem metros do solo. Um silêncio tumular voltou a região. Dyllon retirou as mãos da frente dos olhos e comunicou aos amigos que já estava tudo bem. Depois de alguns minutos ele avisou que poderiam olhar novamente na direção do ovoide. Não era para ser diferente, todos estavam assustados e admirados com o imenso cogumelo que flutuava no espaço. O soldado Oliveira não conseguiu ficar calado:

                    - Meus amigos. Acabou de acontecer uma explosão atômica. Dyllon, e agora? A radiação vai contaminar toda essa região.

                    Dyllon, antes de responder, fechou os olhos por alguns instantes. Quando abriu, já veio com a resposta.

                     - Amigos, não precisamos ficar preocupados. A região não vai ficar contaminada com a radiação. Vamos presenciar agora algo, que não sei o que é, mas que vai ficar gravado nas nossas mentes. Vai acontecer agora, fiquem atentos.

.....Continua Semana que vem.  

 

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