terça-feira, 30 de setembro de 2025

Uma Luz e Nada Mais - Parte 75

 


Continuando...

                            O soldado lembrou dos poderes que tinha, mas nenhum deles poderia interferir naquele movimento de terra, ainda mais que estavam com os pés presos no chão, concluiu. De repente um som, parecendo um assobio vindo de longe, chegou até aos seus ouvidos. Apenas Dyllon e o soldado ouviram, pois imediatamente os dois se olharam e sorriram. Dyllon bateu no ombro de Oliveira e disse:

                              - Amigo, chegou o socorro. Se concentra. Vamos fazer uma coisa que ainda não tínhamos realizado.

                              - O que, Dyllon? – perguntou ansioso o soldado.

                              - Vamos criar um tornado. – respondeu Dyllon.

                              - Mas se conseguirmos, ele vai nos pegar também. – falou temeroso o soldado.

                              - Não. Não vai acontecer isso. Vamos receber ajuda. O tornado vai sugar todos esses monstros. E tem mais uma coisa: pode levantar os pés, porque já estávamos soltos.

                               Oliveira então, mesmo não levando muita fé no que dissera o amigo, arriscou levantar um dos pés. E para sua surpresa já não estava mais com os pés presos no chão. Sorriu para Dyllon e ainda subiu quase um metro do chão. Dyllon sinalizou para que descesse e começassem logo a mexer com a natureza.

                                 Não sabiam como começar, mas a energia que chegava até eles deixava claro que era só pensar, que o pensamento ia moldar a  ventania devastadora. E assim foi feito. Logo, logo a poucos metros dos quatro um imenso tornado, com o seu giro anti-horário, começou a sugar todas as criaturas que estavam em cima da imensa onda, inclusive a própria terra, que era cuspida à distância. Depois de limpar a superfície, ainda sugou muita coisa de dentro do buraco. Em seguida sumiu como por encanto. A paz voltou. Nem sinal dos monstros para ataca-los.

                                 Natasha e o namorado se aproximaram dos dois amigos, ainda receosos de uma possível investida de outros monstros. Dyllon abraçou-os carinhosamente, sabendo que a dúvida e o medo ainda estavam entre eles. O soldado se aproximou e participou daquele abraço fraterno. Dyllon, olhando na cara dos três, deixou que uma gargalhada explodisse dentro do abraço. Natasha riu e não podia deixar de fazer seu comentário:

                             - Dyllon, você é um palhaço, mesmo! – disse e bateu no braço do amigo.

                             - Minha querida, o palhaço é um trabalhador do riso. Eu me sinto honrado. – disse e riu novamente.

                             Depois dos quatro, com a alma completamente sossegada, rirem bastante, estava na hora de seguirem o fio d’água. Dyllon pegou Natasha pelo braço e foi deixando o chão, até a altura de dois metros. E o soldado Oliveira fez a mesma coisa com o namorado de Natasha.  Voavam livremente, até que um som, como um bater de asas, muitas asas juntas, chegou até os viajantes, que pararam no ar e olharam para trás. Qual não foi a surpresa deles: uma quantidade incontável de monstros alados voavam na direção deles. Voavam e lançavam algum tipo de raio, que fez com que Dyllon e o soldado, descessem rápidos e se embrenhassem por uma mata próxima, para se esconderem do ataque das estranhas criaturas.

                      Sabiam que não iam conseguir ficar muito tempo sem ser descobertos. Os dois, Dyllon e o soldado Oliveira, poderiam escapar com facilidade, mas não podiam deixar para trás o casal, pois seriam presas fáceis. Tinham que pensar numa forma de escaparem ilesos do ataque das criaturas.

                      Dyllon olhou para o soldado e franziu a testa. O amigo não entendeu o que ele queria dizer. Depois fechou os olhos e sorriu.

                       - Oliveira, acredito que encontrei uma saída.

                       - Diga logo, homem! – falou ansioso o soldado.

                       - Relaxa. Vamos pedir socorro aquela luz, que não sabemos o que é. Vamos nos concentrar. Você que conseguiu sair de lá por esses dias, vai conseguir mais facilmente se conectar com a luz, com alguém, com alguma coisa... Sei lá. Como não sabemos ainda o que é, vamos nos concentrar na luz.

                        - Tudo bem. – disse Oliveira – E vamos começar logo.

 ....Continua Semana que vem!

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