Continuando...
José Antônio balançou a cabeça afirmativamente e deixou escapar um leve sorriso, meio tímido. Dyllon ia comentar alguma coisa, mas foi interrompido pelo soldado.
- Rapaz, eu não sou extraterreno e tenho poderes iguais ao de Dyllon. Não sei ainda quantos poderes ele tem, mas devemos ser, nós dois, humanos iguais a você e a senhorita Natasha. Ele deve ter ficado debaixo daquela luz, como eu fiquei, e ficou com poderes. Agora vamos resolver a questão que vim até aqui para solucionar. Eu tenho uma missão, que é levar vocês até onde está o pequeno quartel, lá no meio da floresta, onde está alguém que me incumbiu dessa missão, me esperando com vocês. E eu vou leva-los. Certo Dyllon?
- Claro, soldado. Nós vamos sair daqui. A nave nos espera.
- Dyllon, você falou nave? É isso mesmo? – perguntou Natasha, assustada.
- Eu falei nave? Calma Natasha. Devo ter falado outra coisa. De repente neve.
- Como neve, Dyllon! Desde quando na floresta amazônica tem neve?
- Natasha – fez uma pausa tentando acertar as suas ideias – eu ainda estou com a cabeça confusa. Aquela injeção não me fez bem.
O soldado Oliveira veio em socorro de Dyllon.
- E qual é o problema que seja uma nave? Desde que saiamos com vida, está tudo bem. Eu só sei que entrei dentro de uma luz e saí assim. E estou me sentindo muito bem. Acho que fiquei até mais bonito, não acham? – o soldado sorriu, para tentar descontrair a enfermeira e o namorado, que ainda continuava assustado.
Depois de algum tempo, em que todos estavam em silêncio, achou que estava na hora de tomar novamente às rédeas. Mesmo não estando cem por cento, não poderia deixar que o medo e o abatimento tomasse conta de todos, principalmente dos seus amigos, Natasha e José Antônio, que ali eram os mais frágeis. E já que recebera uma ajuda “caída do céu”, não podia desperdiçar. Agora, mais do que nunca, tinha certeza que tinha alguém esperando por ele lá fora. Mandaram-lhe até um “irmão”, porque sabiam que ele não estava muito bem de saúde. Então bateu nas costas do soldado amigavelmente, pediu desculpas, e apontou para a parede, que fora entendido rapidamente o que teria que fazer.
Em frações de segundos os dois já estavam do outro lado da parede. Ficou cada um em um lado do corredor. O soldado, como estava mais equilibrado em termos de saúde, se preparou para dar o primeiro combate. Mas a criatura que estava na frente, se adiantou e foi na direção de Dyllon. O soldado lembrou-se que podia ficar invisível, então, depois da invisibilidade, partiu com toda a sua energia contra o animal, sem ser percebido, interceptando-o e evitando que tentasse alguma coisa contra o amigo. Com um golpe certeiro, jogou a criatura para o fundo do corredor, caindo como um fardo despencando de um caminhão. Mas mal tocou no chão, evaporou. Sumiu como por encanto.
Nenhum outro estranho ser se movimentou. Parecia que esperava algum sinal para outro ataque. Enquanto isso, com muito esforço, Dyllon conseguiu novamente a invisibilidade. Sinalizou então para o amigo, comunicando que já estava como ele. O soldado sorriu e disse sussurrando que já tinha percebido.
O tempo foi passando e nada acontecia. Os dois esperavam que as estranhas criaturas investissem contra eles, mas elas continuavam no mesmo lugar. Até o Dr. Frank, no fundo do corredor, continuava com o mesmo sorriso, e sem se mexer. Dyllon, já melhorando visivelmente, achou estranho. Caminhou na direção da primeira criatura, ficando cara a cara com ela. De repente se virou e sorriu para o soldado.
- Soldado, o que estávamos vendo é uma ilusão. Acho que até o Dr., lá no fundo, também não está aqui.
- São só imagens? Holograma? – perguntou o soldado Oliveira.
.......Continua Semana que vem!

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