terça-feira, 9 de setembro de 2025

Uma Luz e Nada Mais - Parte 72

 


Continuando...

                    Dyllon balançou afirmativamente a cabeça, apertando os lábios e levantando o lábio superior até quase encostar no nariz. Voltou e, num gesto, convidou o amigo a atravessar a parede e encontrar os dois amigos.

                  - Vamos, soldado? – apontando para a parede – Temos que sair daqui. Nós dois, seria muito fácil, mas com Natasha e o namorado, muda de figura. Essas criaturas existem. E eles vão jogá-los para cima da gente. A nossa fuga já estava, mais ou menos, delineada, mas agora, depois desse bloqueio, de onde seria o caminho da liberdade, vamos ter que refazer.

                 - Mas eu tenho o caminho para sairmos daqui. – disse o soldado.

                 - Como? – perguntou Dyllon, com um tom de desânimo.

                 O soldado Oliveira, bateu no ombro do amigo e sorriu. Depois olhou para o teto e apontou.

                  - Entendeu? Foi por onde eu vim. Mas eu posso fazer uma saída pelo teto, do lado de lá.

                   Ele falou e já foi atravessando a parede, acompanhado, logo em seguida, por Dyllon, que não via como colocar os dois amigos para passar pelo teto. Ele conseguia fazer isso, mas deixando os corpos dos dois no corredor. Se fosse só pela porta, isso ele conseguiria. Mas passar por dentro do concreto, era outra história.

                     Natasha e José Antônio estavam ansiosos e preocupados com a demora dos dois.

                     - O que houve, Dyllon? – perguntou Natasha – Estamos preocupados e com medo.

                     - Brigamos com imagens. – disse Dyllon sorrindo.

                     José Antônio e Natasha se olharam interrogativamente. Dava para ver claramente que eles não tinham entendido nada do que o amigo falara. Apenas esperaram a explicação, em silêncio.

                     - Desculpe o riso. Eu e o soldado estamos preocupados. Eles criaram seres estranhos. Chegamos a enfrenta-los, mas não eram reais. Eram apenas imagens. Mas por trás dessas imagens, tem criaturas reais.

                          A ideia de sairmos pela outra ala, onde José Antônio sugeriu, não vai ser mais possível. Eu e o soldado, passaremos por eles facilmente, mas e vocês? O Dr. Frank já sabe sobre a fuga dois dois e da minha. Eu só não entendo como ele descobriu.

                      - Colocaram um microfone debaixo da cama. Eles sabiam de tudo. O amigo de Zé Antônio nos traiu. Mas até que se arrependeu. Espero que não seja tarde demais. – disse Natasha.

                      - Como não percebi isso, Natasha? Eles sabiam de tudo. Eu não sabia que  os meus poderes eram limitados. – disse Dyllon com um ar de decepção.

                      - Mas nem tudo está perdido. O soldado não veio para nos ajudar? Então, vamos sair daqui sim! A esperança está aqui do nosso lado! – disse Natasha, apontando para o soldado, esbanjando otimismo.

                      - É... Pode ser. O que você acha, Oliveira? Temos chance de sairmos daqui nós quatro?

                       O soldado Oliveira coçou a cabeça, olhou tudo em volta e ficou calado por algum tempo, reflexivo. Olhou para Natasha e o seu namorado, José Antônio, fixamente, causando até um desconforto no rapaz. Depois olhou para Dyllon e, antes de responder a pergunta que lhe fizera, sorriu. O estranho Dyllon não conseguiu entrar no pensamento do soldado, logo preferiu esperar que ele se manifestasse.

                        Natasha não tinha os nervos do amigo. Já estava para lá de ansiosa e preocupada. Mesmo esbanjando otimismo, quando Dyllon estava para baixo, não conseguiu esperar mais pela resposta do soldado, já tão demorada.

                        - Soldado, fala alguma coisa! Responde o que Dyllon te perguntou! Caramba! Assim você nos mata de tanta ansiedade! Se não tivermos saída, fala logo!

                        - Calma. – disse o soldado – Já achei uma solução. Eu desci lá no outro corredor, mas nada me impedi de sair por aqui. Pelo teto. Isso mesmo, pelo teto.

                 - Pelo teto? – interrompeu-o Dyllon – Eu sei que nós dois podemos sair e eles?

                 - Dyllon, vou fazer um buraco no teto e sair bem pertinho de onde entrei. Só que agora vou ter que furar realmente esse concreto. – disse o soldado demonstrando otimismo.

 ....Continua Semana que vem!

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