Continuando...
O soldado Oliveira apontava o minúsculo riacho para Natasha e o namorado, que o seguia atentamente, mas com os olhos espantados, até perdê-lo de vista, quando se confundia com a floresta. Já Dyllon olhava ao redor com uma expressão desconfiada. Estava sentindo alguma coisa que o estava deixando incomodado. Era uma vibração estranha. Sabia que não podia ficar mais por ali. Não deveriam retardar a fuga. Já estava do lado de fora, mas ainda não se sentia em liberdade. Então bateu levemente no ombro do soldado.
- Oliveira. – fez uma pausa e voltou a olhar ao redor. – Estou me sentindo estranho. Parece que alguma coisa vai sacudir a natureza. Está chegando uma energia muito pesada. Um tornado. Um furacão.
- Mas o céu está limpo. – disse Oliveira.
- Não é isso. Vamos sair daqui. Você pega o rapaz, que eu vou levar Natasha. Vamos voar.
Mal Dyllon acabou de falar, o chão se abriu, a poucos mais de trinta metros distante deles, e centenas de criaturas estranhas – as mesmas que tinham visto em holograma – pularam para fora do buraco. Agora não eram apenas ilusão, eram criaturas assustadoramente reais. Todas armadas com com um tipo de arma desconhecida. Foram se espalhando e se movendo ameaçadores. Abriam as bocas, mostrando os dentes afiados, prontos a engolir o que estivesse no caminho, e emitiam um som desconhecido para os moldes humanos, com o intuito de causar pavor nas suas possíveis vitimas.
Oliveira, demonstrando grande preocupação, falou na orelha de Dyllon, depois de analisar as armas:
- Meu irmão. Viu que arma estranha? Não estou gostando nada, nada do que estou vendo. Vamos pegar os dois e vamos sair daqui voando, seguindo o fio d’água. Essas criaturas são reais. Quem foi o monstro que criou esse tipo de ser?
Dyllon não respondeu de imediato. Olhava aquelas estranhas criaturas, afastados um pouco mais de trinta metros, parecendo que via alguma coisa que o soldado não tinha percebido. Esticou os braços e espalmou as mãos. Ficou assim poucos segundos. Depois olhou para Oliveira e disse:
- Consegui captar uma energia estranha. Mas não vêm deles. Está passando entre eles e chegando até nós. Esses seres, não são máquinas e nem humanos. Entretanto alguma coisa gera um pensamento neles.
- Mas como você sabe que não tem nada de humano neles? Como conseguiram colocar pernas e braços num tubarão? – perguntou Natasha, que estava próxima e ouviu a conversa quase sussurrada.
- Natasha, eu não sei. Só sei que não são humanos, porque eu não vi alma. E também não senti vibração alguma vindo da criatura do mar, no caso o tubarão. Mas que máquina é essa que pensa? Como disse, pode ser alguém que gera um pensamento para o grupo. Em alguns que li o pensamento, era a mesma coisa. Podem apenas repetir um pensamento enviado... – fez uma pausa - Natasha! É o Dr. Frank! Ele diz o que esses “homens tubarão” tem que fazer! No caso, querem nos matar! Vamos embora!
Os quatro nem conseguiram se mover, pois estavam com os pés presos no chão. Assustados viram quando a terra foi estufando e crescendo rapidamente, até ficar no formato de uma onda gigante. Em segundos começou a se mover em direção a eles. Não com a velocidade de um tsunami, mas causando a mesma sensação de morte certa.
As criaturas estavam todas na crista da onda, com as armas prontas para serem disparadas, apenas aguardando o comando de alguém. Os pensamentos dos estranhos seres foram escutados, naquele instante, pelos dois, Dyllon e Oliveira. As ondas mentais, de cérebros que não existiam, repetiam: esperar a ordem final.
O destino final daquela imensa onda de terra, sem dúvida alguma, seria o soterramento dos quatro. Eles esperavam pelo desfecho sem nada poder fazer. Os poderes de Dyllon e do soldado não estavam valendo de nada para evitar aquele final trágico. O que fazer? – pensou Dyllon.
,,,Continua na Semana que vem!
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