terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Uma Luz e Nada Mais - Parte 39

 


Continuando...

               - Como assim! Você disse que só tinha uma opção! E essa opção seria sair daqui comigo!

               - Dyllon, realmente eu pensei isso. Mas eu quero conversar com José Antônio primeiro. De repente ele foge com a gente.

               - Você acredita nisso? E se ele não quiser ir, você vai ficar?

               - Estou com esperança. Se ele estiver gostando de mim, quem sabe ele não topa fugirmos juntos. Agora, se não quiser participar da nossa fuga, aí vou com você, sem dúvida alguma.

               - Assim está bem, Natasha.  Você vai encontra-lo, então coloca tudo em pratos limpos. Pode falar da suspeita que temos da sua morte quando completar o seu contrato. E pede para saber da enfermeira que você substituiu. Segundo ouvi o médico, Dr. Ferguson, falando, que o seu nome é Carla. Pede para ele investigar. Pode também, como vai ficar um tempo bom em casa, saber sobre os paradeiros dos médicos, Drs. Jacobson e  Herbert.

                - É coisa à beça, Dyllon. Vamos torcer para que consiga. Olha só, Dyllan, estou falando uma coisa, se nem sei se ele vai aceitar.

                - Vai sim. Vou ajuda-lo a aceitar esse desafio. E depois vou ajuda-lo lá fora.

               - Mas como, Dyllon?

               - Ele só tem é que ficar sintonizado em você. Por seu intermédio, chego até ele.

               - Puxa. Que coisa de maluco. Dyllon, isso vai dar certo?

               - Vai sim, Natasha. Só se ele desistir depois que estiver lá fora. Mas acredito que por você, ele vai aceitar.

               - Vamos ver. Vamos ver, Dyllon.

               - Tem que pedir a ele, não esqueça, para que fique sintonizado em você. Não precisa ser vinte e quatro horas, aí é demais.

               - Dyllon, ele vai me encher de perguntas. Como vou explicar?

               - Qual o problema? Você fala do risco que está correndo. Ele vai ficar preocupado. Eu tenho certeza que ele não quer te perder. Ainda mais você incluindo-o dentro desse risco. Não tem nada para esconder. Não disse para colocar tudo em pratos limpos? Então, fala tudo.

                - Mas será que ele vai aceitar isso? Vai ser o nosso primeiro encontro. – fez uma pequena pausa - Então tá. Seja o que Deus quiser.   

                   - Ele não para de pensar em você. – fez uma expressão meio tristonha, mas ela não percebeu.

                O dia amanheceu do mesmo jeito que os outros dias. Ali embaixo da terra, era sempre a mesma coisa. Ninguém sabia se era noite ou dia, se não fosse pelo relógio. O sol, era um refletor que ficava aceso quase o dia todo. Só era desligado, às 20 horas. Quando era apagado, confirmava que do lado de fora havia um céu estrelado. Mas ficavam algumas luzes mais fracas acesas, para que as câmeras continuassem a vigiar o corredor, parecendo estrelas muito distantes. 

               O despertador tocou às seis horas. Natasha acordou com um susto tamanho, que o seu coração parecia que ia sair pela boca. Normalmente era com o som desse despertador que era despertada, diariamente. Mas assustada, do jeito que foi sacudida, ela não se lembrava. O corpo estava todo trêmulo. Juntou o barulho do despertador com um pesadelo, para causar aquele estrago no seu amanhecer. Mas procurou se recuperar, ainda na cama, para não levantar aborrecida, porque ia se encontrar com o rapaz do monitoramento, do sistema de segurança da base, José Antônio.

              Natasha correu para o banheiro, escovou os dentes, lavou o rosto e tomou uma ducha. Já estava outra pessoa. Chegou a cantarolar alguma canção desconhecida. Sorriu ao perceber isso. Será que virei compositora? Pensou ela. Ainda era cedo. Só ia tomar o café depois do encontro com o rapaz.

               De cinco em cinco minutos olhava o relógio. Tinha a impressão que só um ponteiro andava, o de segundos. Estava ficando ansiosa. Encheu um copo com água e tomou numa golada. Só que jogou com tanta força, que uma boa parte da água bateu no seu rosto. Imediatamente um sorriso brotou do nada. Aquele incidente acabou sendo providencial,  porque fez com que relaxasse um pouco. Esfregou o rosto e correu para o banheiro para enxuga-lo.

.....Continua Semana que vem!

 

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