Continuando...
- Meu amigo, revelarei o que venho pensando nesses dias. Exporei o meu plano. A princípio era um, agora são dois. Mas não me interrompa, por favor, senão não vamos sair daqui hoje, sem nos entendermos. Conclui que não posso adiar mais, nem um minuto sequer, o que tenho que revelar. Não se preocupe que não atrapalharei os seus planos, referente ao tratamento do seu filho. Particularmente penso que você vai conseguir resgatá-lo dos braços da morte. Desculpe falar nesse tom. Acredito que ele vencerá a doença.
Dr. Feguson engoliu em seco, quando o amigo citou o risco de morte do filho. Essa possibilidade, ele tirava diariamente da sua cabeça. Por isso ele viera trabalhar naquele lugar, para evitar, com o dinheiro, que essa tragédia desabasse sobre a sua cabeça e da sua família. O otimismo, era cultivado diariamente. E não ia permitir que o Dr. Walter acabasse com isso. Levantou-se com disposição de travar uma discussão ou até mesmo uma briga corpo a corpo. Mas o Dr. Walter percebendo a mudança de expressão do amigo, procurou, antes que acontecesse alguma coisa desagradável entre eles, se retratar.
- Ferguson. Me desculpe. Meu amigo, eu me expressei inconvenientemente. Espero que você me perdoe. Fui desastrado no trato com as palavras. Senta, por favor. Eu desejo, do fundo do meu coração, que o seu menino se recupere cem por cento. E vai conseguir.
O pai ofendido, que estava prestes a descarregar a sua ira em cima do ofensor, somando a dor que o mundo causara, por todos aqueles anos de sofrimento, tentava não explodir. Mas aquele era o momento que o seu subconsciente apresentou para que descarregasse toda a sua raiva de anos acumulada. Então se armou de todo o ódio que pode, para esmigalhar o Dr. Walter,mas na hora h, foi desarmado habilmente por ele. Já estava até com o bote preparado para pular na sua presa, mas se viu travado no momento exato que ia pegar o pescoço do Dr. Walter. Então urrou com todo a força pulmonar que tinha e em seguida empurrou o médico e correu até a parede a sua frente e esmurrou-a, esmurrou-a tanto, até ficar com as mãos em carne viva. Quando tinha perdido às forças, caiu no chão em prantos.
O Dr. Walter continuava parado, completamento perplexo com a atitude do amigo, sem saber o que fazer. Não entendia como uma simples palavra pudesse transtornar tanto uma pessoa. Nunca percebeu que por trás de uma lebre, morava um leão sedento de sangue. Estava visivelmente assustado. E agora não sabia que atitude tomar. Seus planos iriam por água abaixo? Isso não podia aceitar. Foi até o filtro e pegou um copo d’água e esticou o braço, sem falar nada, em direção do Dr. Fergusson. E ficou esperando que ele visse o seu gesto amigo. Talvez uma reconciliação. Mas o Dr. Fergusson não levantou a cabeça, pois não adivinhou a intenção do colega.
Dr. Walter, enquanto esperava o colega pegar o copo, ruminava uma pergunta dentro da sua cabeça: o que vai acontecer daqui para frente?
- Ih!
- O que houve, Dyllon?
- Natasha, os médicos não estão se entendo bem. Parece que quase brigaram. Não me interrompa. – levantou o braço e pediu para que ela ficasse em silêncio. – É alguma coisa que o Dr. Walter quer falar para o Dr. Fergusson, mas que não consegui saber o que é. Agora falou alguma coisa que desagradou o Dr. Fergusson, e foi em relação ao seu filho. Ele quase agrediu o Dr. Walter, mas na hora h preferiu socar a parede. Está sentado no chão com as mãos bem feridas. – fez uma pausa.
- Verdade, Dyllon? Que coisa horrível! Deve estar acontecendo alguma coisa muito séria para agirem assim. Não dá para você escutar?
- Estão em silêncio. Pelo jeito não deverão mais conversar. Não têm clima para qualquer diálogo. Vou ficar atento. Vamos sair?
- Que coisa estranha, Dyllon. Entrei dentro do corpo. Parece que vesti uma roupa! Que sensação estranha. Não ri não! Nunca fiz isso!
- Quem disse? Você já fez várias vezes. Não assim, como agora. Mas quando você sonha, acontece muito isso.
- Como você sabe disso?
- Não sei, Natasha. Só digo o que vem na minha cabeça. Disse isso para você, é porque parecia que alguém falava dentro da minha cabeça. Estranho, não é?
- É verdade mesmo, Dyllon? Ou você está querendo que eu acredite nisso? Suspeito que você sabe tudo e mais algum coisa. Você está é me enrolando.
......Continua Semana que vem!
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