Continuando...
Enquanto isso, os médicos continuaram a conversar. Com a pergunta do Dr. Ferguson, Dr. Walter ficou em silêncio, procurando um jeito de explicar ao amigo o que tinha pensado. Sabia, de antemão, devido aos seus princípios, que ia resistir a sua idéia. Devido ao silêncio prolongado, Dr. Fergusson insistiu com o amigo.
- Que ideia é essa, Walter? Estou curioso! Fala homem!
- Vou falar. Escute com atenção. Não vai se escandalizar.
- Já não me escandalizo com mais nada. Acho que não. Sei lá, Walter! Fala logo. Se for alguma coisa muito cabeluda, vou me segurar logo, para não cair.
Dr. Walter até que conseguiu deixar escapar um leve sorriso. Sisudo como era, o Dr. Fergusson ficou até surpreendido. Acabou sorrindo também, deixando o amigo mais a vontade para revelar a sua ideia.
- Então Ferguson vamos aos fatos. Estamos com medo de sermos eliminados depois da descoberta da origem do estranho e daquela luz, no caso a coisa realmente importante, de tudo isso. Pensei bastante. Você apresentou ao Dr. Frank o medicamento para acelerar o metabolismo de Dyllon, certo?
- Certo. Só que ainda não sei se vai funcionar. Vamos usar sem teste?
- Qual o problema? O teste vai ser nele mesmo. Caso não dê certo, o teste não vai mata-lo. Ou vai?
- Não. Tenho quase certeza que não. Talvez possa causar uma arritmia cardíaca. Mas podemos controlar.
- Então, com esse medicamento, pensei que podemos unir o útil ao agradável. Eu te pergunto, na atual conjuntura, para quê acordar o homem?
- Ué, Walter! Esse não é o objetivo? – interrompeu Fergusson, com outra pergunta.
- Ferguson, você não percebeu o perigo que corremos. Pode ser até criação da minha mente. Uma ideia que brotou de repente. Mas duvido desse poder criativo meu, para fugir da realidade. Não sou desse tipo de pessoa. Sou pé no chão. Sou cientista, não viajo na fantasia. Essa suspeita em relação a nossa permanência com vida, no final dessa pesquisa, não sai da minha cabeça.
- Às vezes é só impressão sua, Walter. Essa suspeita de terem matado os médicos que substituímos, é só uma suposição. Nós já tivemos chance de procura-los, inúmeras vezes, ao saírmos daqui, nas nossas folgas. Por que não fizemos isso?
- Porque foi agora, recentemente, que cresceu dentro de mim essa suspeita.
- Então, Walter, antes de fazermos qualquer coisa, vamos investigar. Temos que ter certeza, antes de fazer qualquer coisa precipitada. – ponderou o Dr. Ferguson.
Dr. Walter balançou a cabeça negando o argumento do amigo. Para ele não havia mais dúvida. Não falou na hora, mas com certeza não queria investigar coisa nenhuma. Para ele não existia mais suspeitas. Na cabeça dele aquilo era um fato consumado. Não tinha mais dúvida. Mesmo com as justificativas do amigo, ia seguir com o seu plano. Andou pela sala, enquanto o Dr. Ferguson, acompanhava-o com o olhar tenso.
Dr. Ferguson pensou em quebrar o silêncio que o Dr. Walter carregava, entretanto achou de bom tamanho respeitar o que o amigo ruminava, mesmo percebendo que pagava um preço por isso, no caso o aumento da sua tensão.
.......Continua na Semana que vem!
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