Continuando...
Natasha não sabia o que dizer. Se sentia dentro de um sonho. Pensou que de repente aquele lugar nem existisse, era fruto de sua imaginação ou simplesmente um sonho. Lembrou-se da mãe e dos irmãos. Sentiu um aperto no coração. Desejou voltar para a miséria que sempre viveu, mas junto aos seus. Que preço estava pagando por ambição? Dyllon escutou o pensamento da enfermeira.
- Natasha, minha querida. Você não imaginou nada disso. Isso aqui é real. E não lamente a sua escolha. Você não é ambiciosa, no sentido pejorativo. Você queria o melhor para a sua família. E naquele momento, era o melhor a ser feito pelos seus familiares. Com certeza eles estão usufruindo do conforto proporcionado por você.
- Como é que você sabe? Você não conhece a minha família.
- Acabei de conhecer quando você pensou neles. Não fique triste, porque eles estão bem. E estão felizes com você, mesmo sentindo muita saudade, com a distância. Você vai voltar para eles. É só você querer e sairemos daqui, como num passe de mágica.
- Não é o momento, Dyllon.
- É o rapaz, não é? Você gosta dele.
- Não sei. Mas estou curiosa em saber tudo sobre ele. Só até depois de amanhã. Você espera?
- Claro. Ele é uma boa pessoa. Quem sabe José Antônio sai daqui com a gente.
- Será?
- Claro. Acredito que aceite nos acompanhar. Desconfio que até ele corre perigo.
- Mas não tem o porquê de acontecer isso com ele. Ele nunca soube sobre você. Desconhece esse projeto maluco.
De repente Dyllon ficou em silêncio. Esticou a orelha, parecendo que tentava ouvir alguma coisa. Depois ergueu a mão impedindo que Natasha falasse mais alguma coisa.
- Os médicos estão falando sobre mim. Só pode ser. Mas não sei o que é.
- Eles estão vindo para o seu quarto? – perguntou Natasha.
- Não. Estão conversando na sala deles. Não estou gostando do jeito do Dr. Walter. O Dr. Ferguson está em sofrimento.
- Com o quê? O que houve com ele? Conseguiu escutar qual o problema que o está afligindo? – perguntou ansiosa, Natasha.
- Sei. Coitado. Ele é uma boa pessoa. Está trabalhando aqui pelo dinheiro. Esse dinheiro é para salvar o filho.
- O que tem o filho dele?
- Natasha, você pergunta muito! Me deixa ouvir. Assim, com essa interrupção, me atrapalha.
- Puxa, Dyllon. Só estou curiosa. Assim você me deixa triste. Me chamando a atenção na frente dos outros.
- De quem, Natasha?
- Desse rapaz aqui.
- Natasha, ele não vê a gente e nem ouve. Mas desculpe, assim mesmo. Depois que ouvir tudo, te falo. Tá bom assim?
Ela não ficou muito satisfeita não, mas concordou com com um gesto de cabeça. A sua curiosidade era muito maior do que Dyllon imaginava. Mesmo insatisfeita aceitou, e achou certo, que deveria controlar a sua ansiedade e esperar. Sorriu para o amigo e encostou a sua cabeça no ombro dele. Ele olhou aquela carinha linda e não resistindo, beijou-a no rosto.
---Continua Semana que vem!
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