segunda-feira, 7 de agosto de 2017

TARJA

          
TARJA
Minha terra chora
As sabiás se envergam sobre seus cantos
Os colibris já não beijam
Mordem as flores
As borboletas não colorem o céu
Enegrecem a esperança
Até os pardais abandonam as manhãs
Sepultando-se pelos telhados
É
Minha terra chora
O dia já não nasce mais hoje
Abortaram-no ontem
E nem do passado
Pode-se colher a saudade
Minha terra cala
E minha gente enforca-se com os sonhos
É o futuro estendido, indigente
Numa cova rasa

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