terça-feira, 5 de novembro de 2024

Uma Luz e Nada Mais - Parte 28

 


Continuando...

             Foi até ao banheiro, lavou o rosto, soltou os cabelos e depois prende-os novamente, fazendo um coque. Olhou para a roupa para ver se não estava amarrotada e caminhou em direção à porta, como se pisasse nas nuvens, sem tirar o sorriso dos lábios. Abriu a porta displicentemente, saiu para o corredor e foi andando, sem pressa alguma, em direção ao quarto de Dyllon.

              Natasha parecia andar em câmera lenta. Pareceu uma eternidade chegar ao quarto de Dyllon. Parou em frente a primeira porta e ficou aparentemente pensativa, mas como respirava profundamente, parecia mais que estava pegando folêgo para encontrar Dyllon e contar as novidades. Passou a perna na ansiedade e entrou.

               Atravessou a primeira porta e depois a segunda. Entrou silenciosamente e sentou-se na pequena poltrona logo na entrada, antes de chegar onde estava deitado Dyllon. Ficou um tempo descansando a ansiedade. De repente achou estranho Dyllon não falar com ela. Mal ela botava os pés dentro do quarto, ele dava um bom dia. O que aconteceu? Pensou. Levantou-se e foi até o leito do amigo. Foi o maior susto. Ele não estava ali. Da ansiedade que estava passou para a preocupação. Esqueceu até dos momentos breves que estivera com o rapaz do monitoramento e do seu bilhete. De repente ouviu um psiu. Não sabia de onde tinha vindo o chamamento. Olhou em volta, e até debaixo da cama. Mais um psiu e um olhar pra cima. Natasha não acreditou no que estava vendo. Dyllon estava simplesmente colado no teto do quarto.

             - Seu maluco, o que é que você está fazendo aí? – perguntou surpresa Natasha.

              - Gostou? É uma beleza estar aqui em cima. Mais uma coisa que eu descobri que posso fazer. Natasha, vamos embora. Eu posso tirar você daqui.

              - Agora não dá, Dyllon. A cada vez que entro aqui, é uma surpresa. Desce, vamos. Temos que conversar. Consegui falar com José Antônio. Desce daí pra gente conversar. Está muito estranho você aí em cima.

              - Está bem. Você não está percebendo que está correndo risco de vida. Vou descer. Viu como eu levito?

             Dyllon foi descendo lentamente, flutuando, e deitou na cama com um sorriso nos lábios. Olhou para Natasha e fez uma careta.

              - Ué, Dyllon! Por que está fazendo essa careta pra mim? Está gozando com a minha cara? Para com isso. Vamos conversar. Fica sentado, assim deitado é muito chato. Levitando! É mais um truque, não é? Coisa de mágico, não?

              - Você sismou que eu sou mágico. Ah! Que eu sou um bruxo! – fazendo uma expressão querendo assustar a enfermeira - Natasha, não sou nada disso. Não sei o que eu sou e quem eu sou, mas não sou nada disso que você acha. Você viu e não acreditou que eu levitei. Natasha, eu descobrir que não preciso pisar no chão, é maravilhoso! Está difícil para você acreditar, não é?

               - O que você acha? É claro que é difícil para mim entender o que está acontecendo aqui. Dyllon, se coloca no meu lugar. Eu nunca tinha visto nada disso e nunca acreditei que uma pessoa, até ouvi falar em levitação, pudesse sair do chão sem asas. Isso é coisa de filme. Em cinema as pessoas voam, passam pela parede, andam nas paredes, caminham no teto e etc. Isso acontece, mas só no cinema.

               - Mas pode acreditar agora. Você acabou de ver. Não duvide. Vamos fazer um teste. Vem comigo. Vamos para o corredor. Quero ver se você vai aparecer nas câmeras. Vou cobri-la. Vamos?

               - Dyllon, é claro que as câmeras vão me pegar! Como vou conseguir me esconder delas?

               - Então vamos conferir. Vem comigo.

 .....Continua Semana que vem!

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