Continuando...
Hendrixson caminhava, como se flutuasse, em direção à sua deusa. Ali mesmo se beijam ardorosamente. Ele dizia que a amava e ela sussurrava y love you. A multidão, a princípio estava em estado de choque, mas de repente começou a gritar e aplaudir calorosamente. Hendrixson pegou a amada pela mão e saiu correndo pelo caminho que continuava aberto naquele mar de fãs. Entraram no imenso carro e partiram para o aeroporto. Lady Gaga parecia hipnotizada, guardando apenas um sorriso congelado nos lábios vermelhos. Depois de algum tempo num silêncio profundo, disse, num sussurro sensual, que precisava pegar as suas roupas. Imediatamente Hendrixson mandou que o motorista parasse o carro e trouxesse as caixas que presentearia a sua amada.
A cada caixa aberta, era uma expressão de alegria da cantora. Estava com um enxoval completo. Beijou ardentemente Hendrixson que quase perdeu o fôlego. E sussurrava na sua orelha y love you sem parar.
O motorista ligou o carro e se dirigiu ao aeroporto. Os dois mal soltaram do veículo, uma multidão de fãs já rodeava o carro. Repórteres de várias partes do mundo, tomavam conta da entrada e do interior do aeroporto. Hendrixson quase chorou ao ouvir o seu nome ser gritado pela multidão. Não conseguia entender como sabiam o seu nome. Ele agora era uma celebridade junto a Lady Gaga. Distribuem sorrisos e apertos de mãos infindáveis. Agora era só voltar para casa e ser feliz para sempre.
O sol não parava de brilhar. O sítio era iluminado o dia todo. Nunca mais anoiteceu. A sua deusa brilhava mais do que o sol, essa era a verdade. Saiam da rede raramente. Era um baseado atrás do outro. Mas a sua rainha não aceitava. Ele a olhava e ela parecia flutuar. Sussurrava em seu ouvido que a sua vida era feita de sonhos. Foi então que ela disse que só sonhar não bastava, tinha que realizar. Realizar. Repetiu baixinho. Estava fascinado por ela, então tentou apertá-la num abraço. Mas Lady Gaga sussurrou mais uma vez na sua orelha: o abraço é um laço... Não é um nó.
A porquinha listrada lambia a sua cara. O tataraneto do galo Bertoldo cantava, já desafinado, no seu ouvido o canto de sempre. Ou não. Ele abriu os olhos e viu quando a loura do armazém caminhava puxando o seu burrico, carregado da sua erva. Gritou: Lady Gaga! Lady Gaga! Apenas silêncio como resposta. Ele então se espreguiçou, fazendo o seu barulho habitual. Mas dessa vez o galo não voou, enfiou a cara debaixo da porquinha e por ali ficou. Estavam os três enroscados não se sabe há quantos dias.
Hendrixson tentou chamar pela lourinha mais uma vez, mas ela só bateu com a mão e seguiu em frente. Perdeu algum tempo observando-a até que sumisse numa curva do caminho. Depois pegou o leitãozinho e o galo e expulsou-os da rede. Se espreguiçou mais uma vez e acendeu mais um baseado, para tentar encontrar o seu amor, Lady Gaga.
Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou acontecimentos reais terá sido mera coincidência.
fim