Continuando...
Natasha deu um sorriso de que não acreditava em nada que Dyllon falava, mas resolveu segui-lo. Não tinha nada a perder mesmo. Lá foi ela. Ele saiu na frente, claro, passando pela porta sem precisar abri-la. Natasha teve que abrir as duas, e encontrou o amigo já do lado de fora sorridente.
- Venha aqui, Natasha. Vou cobrir você primeiro.
- Com o que, Dyllon?
- Acho que é com a minha energia. Vou olhar para você e pensar que estou cobrindo você. Só isso.
- Só isso? Mas não vai dar certo. O rapaz da cabine, Willian, já está me vendo.
- Será? Vamos lá para ver.
- Como? A sala é fechada.
- Será que é mesmo? Vamos conferir. Estou levando você.
Dyllon foi caminhando, dessa vez pisando no chão, de mãos dadas com Natasha até chegar em frente à porta. Ele então mandou-a olhar na tela de tv que constava todas as câmeras.
- Dyllon, como é isso? Não estou aparecendo na tv!
- Agora olha para onde nós estávamos.
Natasha quase caiu de susto. Ela se viu em pé ao lado de Dyllon, em frente a porta. Olhou de novo para a tv e nada de se ver em pé em frente à porta. A sua surpresa era grande. Como explicar o que estava acontecendo? Estavam invisíveis para as câmeras. Ela apertou a mão do amigo e sentiu que estava ali. Ele existia e ela também. Ele então sorriu para ela e convidou-a a entrar.
- Mas Dyllon, aí já é demais. – falou com um tremor na voz - O controlador do sistema de câmeras vai nos ver e avisará a chefia.
- Calma, Natasha. Não vai acontecer nada disso. Vamos passar pela porta.
- Você está maluco, mesmo! Como eu vou conseguir passar pela porta sem abrí-la?
- Segurando a minha mão, você consegue passar. Vamos lá.
Natasha não disse nem sim e nem não, simplesmente fechou os olhos e deixou-se levar. Dyllon olhou para a enfermeira e sentiu vontade de rir. Ele tinha feito uma coisa, que nem ele mesmo sabia. Parecia que era uma coisa natural. Entraram de mãos dadas dentro da cabine do sistema de segurança, como se a porta estivesse aberta.
- Agora pode abrir os olhos, Natasha. – disse Dyllon.
- Dyllon, seu maluco, como foi isso? Estou aqui dentro. Estou falando e o rapaz vai escutar. – disse sussurrando.
- Fique despreocupada. Ele não nos vê e nem percebe a nossa presença.
- Como você fez isso? Não estou acreditando. É bruxaria! Pode dizer!
O amigo ficou sério, mas estava segurando o riso. Ela ficou meio sem jeito e não quis comentar mais nada, a respeito dele ser mágico, bruxo ou outra coisa qualquer. Olhava seu corpo e de Dyllon próximo a primeira porta da enfermaria e não conseguia entender nada. Ela estava lá fora e dentro da sala ao mesmo tempo. Olhou para a tv onde aparecia todos os pontos onde estava as câmeras. Não viu a sua imagem e nem a do amigo.
Dyllon puxou-a pelo braço e ficaram em frente ao operador do sistema de segurança. Ela ficou temerosa de ficar de frente para o rapaz e quis sair, mas Dyllon segurou-a com força, não permitindo que ela se retirasse. Ele mandou-a falar com Willian. Natasha olhou-o espantada.
- Dyllon, como eu vou fazer isso? – falou baixinho - Ele vai falar com os seus superiores e eu ficarei em maus lençóis. Não sei como ele não nos viu até agora. Vamos sair daqui. Estamos correndo risco à toa.
- Você ainda não entendeu, Natasha. Nem ele e nem ninguém pode me ver. Só quando eu quero. Não me peça explicação, que não saberei dizer nada a respeito disso tudo. Só sei que faço. Só isso. E descobri que posso fazer você ficar invisível também, desde que eu queira e tendo contato com você. Pode ser como estamos agora, ou abraçado. Temos que ter um contato físico. De repente, no futuro, nem será mais preciso esse contato. Só a minha vontade bastará.
-----Continua Semana que vem!